
28/07/2025
Recentemente fui atender uma interconsulta no hospital, pelo SUS.
Era uma paciente jovem, recém diagnosticada com um câncer ginecológico internada com sintomas importantes: dispneia, ascite, náuseas.
Foi o tipo de caso que, pra quem é oncologista, gera dois sentimentos misturados:
angústia: por ver alguém chegar em crise, com tanta doença
e alívio: por saber que existe tratamento possível e urgente, que pode aliviar, que pode devolver fôlego.
Naquela mesmo dia com ajuda de uma equipe inteira (secretárias, faturamento, assistência, enfermagem, farmacia /por isso que falo que oncologia é feita com muitas mãos), conseguimos dar entrada no processo de solicitação do tratamento.
E saber que que ela já está recebendo a primeira sessão da quimioterapia de urgência trouxe uma satisfação por ver o “sistema funcionando”
É sobre isso.
Sobre muitas mãos trabalhando para que a resposta venha a tempo.
Sobre um SUS que, quando funciona, salva vidas com agilidade e dignidade.
E sobre pacientes que, mesmo no meio do susto, têm a chance de recomeçar o caminho do cuidado com o pé direito.