
16/11/2024
A dislexia é mais do que uma dificuldade de leitura e escrita; seus impactos emocionais e psicológicos podem ser profundos e duradouros. Crianças e jovens com dislexia frequentemente enfrentam sentimentos de inadequação, vergonha e frustração ao não conseguirem acompanhar os colegas na escola. Essa sensação de “ser diferente” pode levar ao isolamento social e à formação de uma baixa autoestima, criando uma visão negativa de si mesmos que muitas vezes persiste na vida adulta.
Essas dificuldades aumentam o risco de problemas como ansiedade e depressão. A constante pressão para atingir os padrões acadêmicos, somada ao medo de falhar ou ser julgado, pode gerar um estresse crônico. Muitas vezes, o indivíduo com dislexia desenvolve uma ansiedade por desempenho, vivendo em alerta constante para evitar erros. Quando essas dificuldades não são abordadas, a pessoa pode cair em um ciclo de desesperança e desânimo, que prejudica ainda mais sua saúde mental.
Nesse contexto, a psicoterapia desempenha um papel essencial. Abordagens como a terapia cognitivo-comportamental (TCC) ajudam a modificar padrões de pensamento autocríticos, construir uma autoimagem mais positiva e reduzir a ansiedade e a depressão. Além disso, grupos de apoio oferecem um espaço acolhedor para compartilhar experiências, diminuindo o sentimento de isolamento. Com o suporte adequado, é possível mitigar os impactos emocionais da dislexia e permitir que o indivíduo desenvolva resiliência e confiança para superar os desafios.