26/06/2025
O Dr. Luiz Vicente Berti assinou um artigo no Correio Braziliense sobre os avanços regulatórios e os desafios de acesso à cirurgia bariátrica no SUS, em meio às novas diretrizes do Conselho Federal de Medicina (CFM), que ampliaram as indicações do procedimento.
Dr. Berti, destaca que a redução do IMC mínimo para 30 em pacientes com comorbidades e a autorização da cirurgia em adolescentes a partir de 14 anos representam um avanço importante no reconhecimento da obesidade como uma doença grave e multifatorial. No entanto, ele alerta para a dura realidade: menos de 1% dos pacientes com indicação conseguem realizar a cirurgia pelo SUS, onde a fila de espera pode ultrapassar 10 anos.
Um dos principais obstáculos, segundo o cirurgião, é a baixa adesão à videolaparoscopia, técnica minimamente invasiva com inúmeras vantagens. Apesar de incorporada ao SUS desde 2017, ela ainda é subutilizada por falta de estrutura e pela defasagem da Tabela SUS, que não cobre adequadamente os custos do procedimento.
O artigo também faz um alerta sobre a popularização dos medicamentos à base de GLP-1. Embora promissores, esses tratamentos têm alto custo, efeitos colaterais e eficácia limitada em casos de obesidade mórbida, o que reforça a importância de manter a cirurgia como prioridade no tratamento.
Para Berti, é urgente investir em infraestrutura, atualizar a Tabela SUS e integrar as estratégias de prevenção e tratamento de forma coordenada. “A obesidade não pode esperar, e os pacientes também não”, conclui.
Leia o artigo completo em: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2025/06/7181627-cirurgia-bariatrica-no-sus-entre-o-avanco-regulatorio-e-o-desafio-do-acesso.html