
10/08/2025
O Dia dos Pais movimenta vitrines, campanhas publicitárias e ofertas especiais. O comércio se prepara para vender e vender muito - já foi vendedora e sei bem o que estou falando, reforçando a ideia de que amor se mede em presentes.
Mas, pela lente da psicologia, percebemos que essa data vai muito além do consumo.
Para alguns, é um momento de celebração genuína, de lembrar e agradecer pela presença e apoio paterno. Para outros, pode ser um dia doloroso — pela ausência, pela perda, por relações fragilizadas ou pela presença de feridas emocionais que nem sempre aparecem nas fotos de família.
Datas comemorativas podem ser gatilhos emocionais poderosos, e entender isso nos ajuda a olhar com mais empatia para as diferentes realidades. O afeto verdadeiro não cabe apenas numa embalagem com laço: ele se constrói em pequenos gestos, na escuta, no cuidado e na presença constante.
O comércio nos convida a comprar. A psicologia nos convida a refletir. Talvez o melhor “presente” seja oferecer tempo, atenção e disponibilidade emocional, coisas que não se encontram na prateleira, mas que marcam para sempre.