22/03/2024
Esse estudo saiu no último dia 20, no JAMA Psychiatric. Os autores levantaram dados de 306.800 suici**dios. Destaco algumas informações aqui 👇🏻
Um dado que prova algo óbvio: abuso de substância está fortemente associado a tirar a própria vida, em especial em pessoas com transtornos mentais. Quanto mais substância, maior o risco. Alerta: álcool também é droga, ok?
Outro dado: a categoria que mais apresentou risco de tirar a própria vida não foi quem tinha problemas de saúde mental, mas sim problemas físicos (dor crônica, incapacidades, etc).
IMPORTANTE: Nessa categoria, quem tirou a própria vida havia visitado, nos 30 dias antes da mort*, profissionais da saúde que NÃO trabalhavam com saúde mental (fisioterapeutas, ortopedistas, etc).
Além disso, essa classe tinha menor probabilidade de relatar ideação suicida, isto é, eles cometiam o ato sem falar sobre.
O artigo diz que essa classe pode ser considerada “invisível” no risco para o suicídio.
Obs: 78% dos casos eram homens❗️
Portanto, reforço aqui 4 alertas:
1. saúde mental masculina;
2. uso regular de estratégias para amenizar o sofrimento (álcool, medicações, substâncias psicoativas de uso recreacional, consumo de pornografia, etc);
3. Silêncio;
4. Comorbidades: dor crônica, seja qual for a origem/ diagnóstico (ex: enxaqueca, fibromialgia, artrose, politrauma com sequelas, acamados, pós procedimento cirúrgico com recuperação lenta, dor herpética, dor de dente por tempo prolongado); úlceras tanto de mucosas quanto de pele, zumbidos, desequilíbrios, dificuldades para respirar, endometriose, constipação intestinal ou diarréias crônicas, alopecias refratárias aos tratamentos, e por aí vai…
Quem já passou em consulta comigo sabe que me demoro bem analisando a qualidade dos pensamentos, disposição física e mental, memória, sono e os sentimentos que estão prevalecendo nessa fase de sua vida.
Se observar qualquer sinal de alerta, por menor que pareça, busque ajuda!
