22/10/2025
Ah, quão incômodo é estar ansiosa. Só quem sente sabe! E o incômodo é tanto que a gente só quer que passe, que acabe logo. Daí, numa dessa, a gente se entorpece, faz tudo que pode pra fugir, fingir que o sintoma não tá lá...
Pode funcionar no começo, mas logo o sintoma volta (e às vezes mais forte... uma crise até). E isso pode ser porque não resolvemos o problema de fato.
É como ter uma dor de cabeça por causa de um problema do fígado, mas continuar tomando remédio para a dor de cabeça ir embora e não cuidar do fígado. Entende?
Se a gente entende a ansiedade como a dor de cabeça que aponta algum outro problema, ela passa a nos ser útil, ainda que bastante incômoda.
(Vamos ser sinceras: será que a gente faria algo para resolver nossos BOs se não tivesse um incômodo forte?)
Dialogar com a ansiedade é parar de resistir e começar a ouvir os sintomas. Quando tentamos lutar contra ela, o resultado costuma ser ainda mais tensão e sofrimento. Mas quando nos permitimos escutar, a ansiedade pode revelar medos, necessidades ou até mesmo desejos não atendidos.
Se você só elimina o desconforto sem analisar o que ele te diz, pode ter certeza de que ele vai voltar, pois o que o causa ainda estará lá, não visto por você.
E então, o que será que a sua ansiedade tá tentando te dizer? Que mudanças ela tá pedindo?