
06/02/2025
O meu nome é Décio Carvalho, e sou cartomante e Tarólogo profissional e venho dar a conhecer a minha história, a minha vida, que desde sempre tem sido feita de dedicação ao mundo espiritual.
Esta é a minha profissão principal, dou consultas em Lisboa, Barreiro, Faro e Genéve. O que me motiva são as pessoas, os seus problemas, as angustias de uma vida pesada, as desigualdades de que são vítimas, o amor que procuram e não acham, a saúde que lhes foge, a estabilidade financeira que não encontram...em cada consulta que dou aprendo sempre mais um pouco, troco experiência e percebo os desequilíbrios humanos com mais facilidade.
O tarot é a minha ferramenta de trabalho mas a verdade é que me socorro desde sempre da intuição que tenho, das vozes que me sussurram baixinho o caminho a seguir.
Esta não foi uma escolha minha, nunca quis ser assim, mas também nunca soube ser de outra forma nem sei sequer como seria hoje se tivesse crescido sem esta relação com as energias.
Tive uma bisavó e um avô que viveu assim e esse foi o meu primeiro elo de ligação ao mundo esotérico. Ainda na barriga da minha mãe, o meu avô avisou-a de que eu seria diferente e isso causou lhe medo.
Nasci e fui uma criança normal mas ao contrário dos outros meninos, nunca me interessei muito pelas brincadeira habituais e jogos de cada idade. Senti me sempre isolado e mesmo vivendo rodeado de pessoas, o que sentia era que não queria estar ali, que a toda a hora se formavam perguntas na minha cabeça sobre coisas que não sabia de onde vinham nem o que queriam dizer.
Aos poucos a minha mãe foi percebendo que a minha diferença estava, antes de mais, nas perguntas que fazia, no facto de querer estar sempre junto dos mais velhos, de participar nas conversas dos adultos, de me preocupar com os problemas dos outros. Aos 8 anos tive o meu primeiro contacto com aquilo que nem sabia poder ser descrito como mediunidade. Foi num dia em que visitei o escritório do meu avô e o vi atender pessoas e passar receitas diferentes das da farmácia. Senti um apelo pelo que fazia o meu avô. Curioso pesquisei tudo o que por ali havia, descobri cada santa, cada produto, cada vela e incenso, até dar de caras com uma santa que me fascinou.
Nessa noite sonhei com a santa que vi em casa do meu avô, aos poucos fui construindo diálogo com ela e à medida que cresci o meu avô foi me passando o que sabia. Absorvi cada palavra e gesto do que fazia e passei a estar presentes em muito momentos. A escola corria sem problema mas a minha inquietação obrigou me a saber mais. Fui à procura de novos mundos e iniciei me no tarot, desenvolvi capacidades e passei a sentir me bem unicamente quando ajudava os outros.
Sem que desse por isso, passei a estar presente na vida de muitas pessoas, ajudando nas dúvidas, aconselhando, consultando os meus guias e passando a resposta a quem me perguntava sobre alguma coisa.
Os meus guias espirituais não me deixam e acompanham me para todo o lado. Eu retribuo-lhes a dedicação e é por isso que cumpro à risca o que me pedem. Como numa outra qualquer relação, também nesta lhes dedico amor e os alimento a cada dia.
Por opção entrei na Santeria cubana e estive na Venezuela onde durante meses participei num ritual que me levou a andar vestido de branco durante um ano e a comer sem talheres durante igual período. A força que retirei desta iniciação foi grande.
Todos os dias oiço pessoas em risco, pessoas que se debatem com um ou mais problemas e o que lhes dou, mais do que ler as cartas, mais do que adivinhar lhes o futuro, é uma palavra de conforto, o carinho que não recebem dos seus mais próximos, a tenção e cuidado que não sabem existir...
O que quero contar vos, é que a vida que tenho não foi uma escolha, não se apresentou como uma opção. Sou o que sou por causa de muitas condicionantes mas não saberia ser diferentes. Acredito que mais do que escolher a vida, foi a vida que me escolheu!