13/08/2025                                                                            
                                    
                                                                            
                                            𝗠𝗼𝗰̧𝗮𝗺𝗯𝗶𝗾𝘂𝗲 𝗔𝗶𝗻𝗱𝗮 𝗡𝗮̃𝗼 𝗗𝗶𝘀𝗽𝗼̃𝗲 𝗱𝗲 𝗩𝗮𝗰𝗶𝗻𝗮 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗖𝗼𝗺𝗯𝗮𝘁𝗲𝗿 𝗠𝗽𝗼𝘅
- Registos do MISAU apontam para 38 pessoas infectadas, das quais 14 são estrangeiras 
Numa altura em que aumenta a propagação da Mpox, o país ainda não dispõe de vacina para o combate àquela doença. Actualmente, o tratamento da doença é feito com medicação comum aplicada a cada sintoma que o paciente apresentar, não havendo uma medicação específica destinada à cura do Mpox.  Neste contexto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) justifica a indisponibilidade da vacina alegando que Moçambique não é ainda prioridade, uma vez que a propagação está no nível considerado mínimo. Esta informação foi revelada esta terça-feira,12.08.2025, na cidade de Maputo, pelo Oficial de Comunicação da OMS em Moçambique, Tiago Zenero, que falava no âmbito da capacitação de jornalistas moçambicanos em matéria de Mpox.
“Olhando para Moçambique, consideramos que a situação não é alarmante, pelo que a propriedade de alocação de vacinas tem sido para outros países africanos com nível de propagação elevado”, referiu Zenero, acrescentando que a OMS continua a monitorar de perto a situação do país.  Assim, apesar da falta da vacina, as autoridades consideram que estão a conseguir lidar com a prevenção e tratamento da doença, segundo o Director Nacional de Saúde Pública, Quinhas Fernandes. Neste contexto, segundo a fonte, além de tratamento, a aposta das autoridades de saúde tem sido no rastreamento das pessoas que mantiveram contacto físico com os infectados, de modo a cortar o vínculo de propagação, Actualmente, no país há cerca de 38 pessoas infectadas com Mpox, das quais 33 na província de Niassa. Aliás, dos infectados, 14 são estrangeiros que entraram na província de Niassa através das fronteiras de Malawi e Tanzânia.  Por isso, as autoridades têm estado a prestar atenção àquela província, mas sem ignorar outros pontos do país, numa altura em que há cada vez mais suspeitos de contrair a doença. Até esta segunda-feira, 11.08.2025, por exemplo, o MISAU registou 54 novos casos suspeitos, dos quais 22 na província de Maputo, 14 de Niassa, 12 da cidade de Maputo, 2 de Manica, 2 de Sofala, 1 de Nampula e 1 de Gaza. No mesmo período em referência, não houve registo de nenhum caso positivo da doença que já conta com 38 casos positivos e 20 recuperados desde o primeiro caso anunciado há cerca de um mês no país. 
 
Jornalistas capacitados sobre MPox
No contexto da propagação do MPox, as autoridades de saúde consideram que a informação veiculada pelos jornalistas desempenha um papel importante para a prevenção e combate àquela doença. Assim, o MISAU ministrou esta terça-feira, 12.08.2025, na cidade de Maputo, capacitação de cerca de 30 jornalistas afectos aos órgãos de comunicação social e a os gabinetes de comunicação de diversas organizações da sociedade civil, incluindo o Observatório Cidadão para a Saúde (OCS). Na abertura do evento, o Director Nacional de Saúde Pública, Quinhas Fernandes, destacou a importância de divulgação de informação oficial de modo a evitar especulações e desinformação em torno da Mpox. Ainda, Fernandes disse esperar que os jornalistas façam parte de todo o processo de combate à doença através de divulgação de informações que correspondam à realidade dos factos e dentro dos princípios éticos profissionais. Por sua vez, os beneficiários da capacitação enalteceram a iniciativa do MISAU e da OMS por considerá-la uma oportunidade para o melhor entendimento sobre a doença Mpox e dos respectivos problemas para o combate da mesma.