12/09/2022
Boa reflexão 😉
O que é mais importante: casar ou namorar? (Joana)
As duas coisas, Joana. Sempre que deixam de namorar, as pessoas começam a divorciar-se. Devagarinho. Isso quer dizer que o namoro não é só uma forma de duas pessoas se darem a conhecer que antecede, numa visão mais formal, o casamento. Na verdade, o namoro supõe atenções diárias, trocas de carinho e gestos de ternura. E muitos momentos em que não se cansam de se conhecer e de se compartilhar de forma transparente.
Da mesma forma como todos nos divorciamos em “suaves prestações” e por mútuo consentimento, sempre que adormecemos numa relação, todos nós podemos casar um bocadinho mais, todos os dias. Logo que namorarmos estamo-nos a casar. Vamos casando. Casar será uma união de facto, por dentro. E embora haja muitas pessoas que se consideram casadas, o casamento não é bem um estado civil nem um contrato. É mais! Acredito que seja um estado de espírito. Tem tanto de real como de meta em construção. Da mesma forma que só andando nas nuvens nos protegemos das trovoadas e nos tornamos pára-raios, só ancorando se navega. E casar é isso mesmo: âncora e pára-raios ao mesmo tempo. Nunca pensei dizer-lho desta forma, mas isso faz de um casamento um experiência sagrada. A ideia de um casamento como um sacramento é magnífica. Quando duas pessoas se abrem por dentro e se comungam, e insistem em fazê-lo quase todos os dias, isso é sagrado. É mágico. E é sereno. Revolucionário e tranquilo.
Feitas as contas, não há como namorar e casar não se influenciarem mutuamente. Por tudo isto, pergunta-me se será preferível amar, casar ou namorar… Jogo na tripla. Ou ou, se preferir, entre o enamoramento e o amor voto no… “amoramento”. (É assim uma espécie de maravilhamento…) Por outras palavras: ou namoramos, e nos casamos um pouco mais, todos os dias; ou sempre que deixamos de namorar nos divorciamos. Não há como namorar sem nos casarmos. Nem como estarmos casados à margem do namoro.