02/04/2025
O encontro entre um 🐼 e um 👶🏻, à mesa!
Observei este momento em outubro, aos 39 meses do P., quando interrompi a sua 1ª consulta de Pediatria do Neurodesenvolvimento da .ped para participar momentaneamente.
Fiquei encantada quando me deparei com este cenário maravilhoso, montado espontaneamente pelas duas mãos papudas que conheci aos 22 meses, quando o avaliei pela primeira vez.
Aos 22 meses, não havia consistência nas primeiras palavras, não reagia quando os adultos lhe falavam (“nem liga”), não compreendia instruções, era tão independente que só procurava o adulto quando precisava de ajuda, olhava pouco nos olhos, tinha pouco interesse na maioria dos objetos, desregulava-se imediatamente quando era contrariado e passava muito tempo a fazer as mesmas coisas com partes de brinquedos (como rodar rodas).
Comecei a acompanhá-lo aos 25/26 meses. Mais tarde juntou-se a .tf.
14 meses depois, o P. já era outra criança. Continua a ser ele, mas despertou para o mundo com uma curiosidade que não lhe conhecíamos. Cria, inventa, imita, convida, persiste, insiste, envolve, sorri, sorri, partilha, responde, sorri, sorri, espera, fala, fala, fala, br**ca, interage, desfruta!
A Perturbação do Espetro do Autismo não é uma sentença. Neste 2 de abril, partilho o caso do P. para dar esperança às famílias e para alertar para a importância da intervenção precoce. NUNCA é cedo de mais para procurar ajuda; caso vos digam o contrário, procurem uma 2ª, 3ª, 4ª… opinião.