
04/01/2025
Nós últimos dias curiosamente, várias pessoas enviaram-me fotos de há uns anos.
Ao olhar para estes momentos, o primeiro sentimento que surge é “será que aproveitei o suficiente?”
Quase não me lembro do cansaço físico, das preocupações de adaptação à escola, da dificuldade em entrar no carro, da gestão de horários e dia a dia.
Lembro-me vagamente da necessidade de equilibrar a minha doação de tempo, de corpo, com as minhas necessidades de espaço físico só para mim, tempo vazio e silêncio.
Se houve momentos de muito cansaço, saturação, exaustão? Sim! Mas a esta distância, não é isso que perdura!
F**am muito presentes: os risos, os abraços de koala apertados, os cantarolares contínuos, a curiosidade por tudo, que nos estimula a redescobrir a vida! F**a a memória, da certeza de que a mãe sabia tudo sobre este mundo misterioso que os rodeava! F**am as lágrimas que eram curadas com um abraço, as zangas que se desfaziam com escuta ativa, e os sonhos maus que se protegiam com rituais mágicos, antes de dormir.
Hoje os abraços parecem ter tempo contado, em que resisto para não ceder à vontade, de os apertar demais. Agora, os medos, tristezas e anseios não se resolvem com magia, e a mãe passou de saber tudo sobre o mundo, para não perceber nada sobre nada 😅
Assim começo 2025, com a certeza de que crescer é muito intenso, e que essa intensidade do início, nos desenvolve capacidades que nunca pensámos ter! Felizmente a dádiva de corpo e espaço pessoal, transforma-se, e permite-nos recuperar os sonos e o fôlego!
Os colos transforma-se em entrega emocional, com menos cansaço físico mas mais preocupações… E um dia, também estas vão dar lugar a outra coisa!
Então, foco nas coisas boas, aventuras, descobertas, porque a resiliência deles, também nos nutre! Feliz ano novo