
09/09/2025
Um camponês encontrou um filhote de águia e resolveu criá-lo junto com suas galinhas. Alimentava-o da mesma forma, soltava-o no quintal como fazia com as aves, até que o tempo passou e aquele pequeno aguilucho cresceu acreditando ser apenas… uma galinha.
Certo dia, um ecologista passou pela casa do camponês e se espantou ao ver a cena:
— Isso não é uma galinha, é uma águia!
O camponês respondeu, resignado:
— Talvez um dia tenha sido, mas agora não passa de uma galinha. Cresceu com elas, pensa como elas, vive como elas.
O ecologista não aceitou:
— Uma águia será sempre uma águia.
Pegou a ave, subiu com ela até o telhado e a lançou para o céu, gritando:
— Voa! Tu és uma águia!
Mas a águia apenas bateu as asas desajeitadamente e voltou para o galinheiro.
O camponês sorriu:
— Eu lhe disse, ela não passa de uma galinha.
No entanto, no dia seguinte, o ecologista levou a águia até o alto de uma montanha. Lá, mostrou-lhe o horizonte, o sol, o verde dos campos, as nuvens que dançavam no céu.
— Águia! Tu não nasceste para ciscas no chão. Desperta! Voa!
Confusa a princípio, a ave contemplou aquela imensidão que nunca havia visto. Sentiu a vida pulsar forte em suas asas, o sangue vibrar como nunca antes, e então se lançou em um voo majestoso rumo ao azul do horizonte.
Muitos de nós somos educados para pensar como “galinhas”: com medo, cabeça baixa, prisioneiros de crenças limitantes. Assim, esquecemos nossa verdadeira natureza.
Mas, tal como a águia, carregamos dentro de nós um potencial maior. Basta que alguém — ou a própria vida — nos lembre de quem realmente somos.