12/05/2025
Estamos a voltar à ilha. Estamos a voltar a nós. Há sempre uma ilha por encontrar, e dentro dessa ilha inúmeras ilhas desconhecidas, até do mais velho anseão. Desembarcamos há quantos séculos? Há tantos que já nem sabemos... Somos pescadores de sonhos, emoções e pensamentos que a memória guarda tão fundo que eles trabalham dentro de nós sem nós nos apercebermos da sua existência. No nosso naufrágio demos à costa na bela ilha de São Miguel, que nos acolheu de vulcões abertos. Vulcões que abriram vulcões dentro nós provando a erupção de novos pensamentos. Em Rabo de Peixe onde tivemos uma história deliciosa da primeira vez que nos receberam. Estavam dois pescadores a abrir com uma moto serra um grande albacora, nós levamos gente da ilha connosco que nos disseram para seguir viagem e nós, por outro lado, abrimos a janela do carro e questionamos “a pescaria foi boa?” o que levou uma agradável conversa com os pescadores locais. A nossa luta é contra os guetos, contra os estereotipos de guetos, sejam eles sociais, habitacionais ou individuais, ou até a nível de pensamento. As pessoas regem-se muito por estereótipos e representações sociais tal como é explicado claramente no “Mau tempo no canal” de Vitorino Nemésio. A ilha é um lugar previligeado de reflexão, de sonhar acordado e de imaginar o futuro. E foi este sonho que nos trouxe até aqui contra tudo e contra todos. Contra tantos Adamastores pelo caminho, grande parte deles dissimulados de ninfas e sereias. ESTAMOS DE VOLTA!
Call now to connect with business.