Diana Costa Nutrinurse

Diana Costa Nutrinurse 👩‍⚕️Nutricionista (5856N) e Enfermeira do Trabalho (66557)🥩🥗 Saúde e conhecimento estilo-ancestral

“A clínica é soberana”.Durante grande parte da história dos profissionais de saúde, o exame físico e a observação eram o...
27/10/2025

“A clínica é soberana”.

Durante grande parte da história dos profissionais de saúde, o exame físico e a observação eram os pilares do diagnóstico. Os profissionais desenvolviam uma acuidade sensorial e intuitiva: sabiam ler a pele, o olhar, a respiração, o tônus muscular, o odor corporal, o ritmo das palavras. O corpo era um texto a ser decifrado.

Com o avanço tecnológico, especialmente nas últimas décadas, houve uma transferência de confiança — do olhar clínico para os números laboratoriais e as imagens de diagnóstico. Os exames complementares tornaram-se cada vez mais precisos e acessíveis, o que trouxe enormes benefícios em termos de deteção precoce e objetividade. Mas não deixam de ser…”complementares”.

Mas, paradoxalmente, a nova dependência dos dados técnicos levou a uma certa atrofia do sentido clínico.
Hoje, muitos se formam com base em protocolos, algoritmos e valores de referência, mas nem sempre aprendem a observar o corpo como fonte primária de informação. O exame físico e a escuta ativa tornaram-se, em muitos contextos, gestos simbólicos, quase burocráticos.

O risco é duplo:
📍Desumanização da prática clínica, porque o paciente é reduzido a resultados de análises e imagens.
📍Empobrecimento do raciocínio clínico, porque se perde a arte de correlacionar sinais, sintomas e contexto.

O ideal seria recuperar o equilíbrio: usar os exames como extensão dos sentidos. A tecnologia não deve ser o ponto de partida nem o fim do raciocínio.

A máxima “a clínica é soberana” deveria prevalecer.

👩‍💻 Lamento, mas da minha experiência profissional, não existe “fome emocional”. Existe saciedade e existe um cérebro se...
26/10/2025

👩‍💻
Lamento, mas da minha experiência profissional, não existe “fome emocional”. Existe saciedade e existe um cérebro sem nutrientes que o fazem “reagir”.

🧠 As escolhas têm sempre consequências.Perguntei a uma pessoa ontem como lidaria se, no próximo ano, recebesse um diagnó...
18/10/2025

🧠 As escolhas têm sempre consequências.

Perguntei a uma pessoa ontem como lidaria se, no próximo ano, recebesse um diagnóstico de cancro do pulmão. Bateu na mesa 3 vezes como se estivéssemos a falar de azar. 
Mas a verdade é que quem br**ca com o fogo pode queimar-se — e vai ter de lidar com a queimadura.

No mínimo, saber que se fumamos, ou se temos um perímetro abdominal elevado, se ignoramos os sinais do corpo, estamos a construir um terreno fértil para doenças que podem ser graves.
E quando o diagnóstico chega, a pergunta é sempre “porquê eu?”, mas deveria ser “estou preparado para lidar com estas consequências que muitas foram das minhas escolhas?”.
Vivemos numa sociedade anestesiada, onde alertar é visto como ser “bruto”. Mas o verdadeiro erro é o silêncio! 
Enquanto evitamos conversas desconfortáveis para sermos profissionais simpáticos e as consultas “correrem bem”, o SNS continua a ser bombardeado com doenças evitáveis — e o arrependimento continua a ser o desfecho mais comum.
Os genes têm o seu papel, claro. Mas já as pedras da calçada sabem que a maior parte da culpa não é a genética. E quando é, estamos cá para ajudar, com empatia e ciência.
Mas é preciso chamar os bois pelos nomes:
👉 As escolhas diárias constroem ou destroem saúde.
👉 Não há atalhos.
👉 Não há “azar”.

A questão não é ser o mais saudável do cemitério: mas gostava de ser dos mais velhos.
Se for daqui a 1 ano ou 50, quero fazê-lo sem sobrecarregar outros.

Sobre ligar pontos 🙂
19/09/2025

Sobre ligar pontos 🙂

✨ “Que o teu alimento seja o teu remédio” — quantas vezes já vimos essa frase atribuída a Hipócrates? 📜 Mas… e se ele nu...
17/09/2025

✨ “Que o teu alimento seja o teu remédio” — quantas vezes já vimos essa frase atribuída a Hipócrates? 📜 Mas… e se ele nunca tivesse dito bem isto?

🔎 Um artigo intitulado “Let not thy food be confused with thy medicine: The Hippocratic misquotation” investigou essa questão e descobriu que a famosa citação é, na verdade, uma má atribuição histórica.

🍇 No Corpus Hippocraticum (coleção de textos atribuídos a Hipócrates), a dieta aparece sim como elemento central da saúde. Mas o conceito de dietetics incluía muito mais do que comida: sono, exercício, hábitos diários e até o ambiente.

⚕️ E havia uma diferença clara entre alimentos e medicamentos.

📌 Então, como nasceu a frase?
Provavelmente de traduções livres e interpretações modernas que, ao longo do século XX, foram sendo repetidas até se tornarem “verdade” no discurso popular (como muitas outras “verdades”). Hoje, vemos a citação em livros de nutrição, palestras de saúde e posts motivacionais — mas aparentemente sem base histórica.

💡 Isso não significa que a nutrição não seja poderosa. De facto, a Nutrição pode não tratar tudo, mas sem ela não se trata nada. Significa apenas que precisamos ser cuidadosos ao invocar a autoridade de Hipócrates para validar ideias atuais.

🌱 A mensagem que podemos resgatar é que a forma como vivemos — incluindo o que comemos — influencia profundamente a saúde. Mas confundir comida com remédio é simplificar demais a visão original da medicina hipocrática.

⚖️ Respeitar a história é também respeitar a ciência.
👉 E tu? Já tinhas ouvido dizer que esta frase era supostamente um mito?!

📚 Fonte: “Let not thy food be confused with thy medicine: The Hippocratic misquotation”

Eu sei que isto parece um vomitado bem elaborado por um bebé de 6 meses, ou algo parecido com carne picada, vá. Por mais...
06/09/2025

Eu sei que isto parece um vomitado bem elaborado por um bebé de 6 meses, ou algo parecido com carne picada, vá.
Por mais que tente, não consegui fotos instagramáveis disto, mas também não quero saber.
Amanhã vai ser parte do meu pequeno-almoço.

Usei:
Uma parte de papaia quase podre, tocada, que comprei em aproximação do prazo de validade.
3 kg de canela de Ceilão
1 scoop de colagénio com baunilha
Mirtilos sekoya (a sério, nem sabia que existiam mirtilos de Chernobyl).
Uma colher de sopa de linhaça.
Ficou a saber-me a uma papa de infância🧐
Mais Quantidades? Não há. Comigo é tudo a olho. Isto não é o insta de um chef. 👌🏽
Bom fim-de-semana !

✨ Marco Aurélio em 2025  ✨Há quase 2.000 anos, o imperador-filósofo Marco Aurélio escreveu reflexões pessoais para se le...
06/09/2025

✨ Marco Aurélio em 2025 ✨

Há quase 2.000 anos, o imperador-filósofo Marco Aurélio escreveu reflexões pessoais para se lembrar do que realmente importava. Curiosamente, muitas dessas ideias aplicam-se diretamente à forma como cuidamos da nossa saúde.

📖 “Ao amanhecer, quando tiveres dificuldade em levantar-te, diz a ti mesmo: tenho de ir trabalhar como ser humano. O que tenho a reclamar, se vou fazer aquilo para o qual fui trazido ao mundo?”
👉 Quantas vezes adiamos um exercício, um check-up ou até uma simples caminhada? Este pensamento lembra-nos que cuidar da saúde não é um fardo, mas um dever natural — o corpo pede movimento e equilíbrio.

📖 “Se te sentires perturbado por algo externo, não é a coisa em si que te aflige, mas a tua interpretação dela. E tens o poder de revogar isso a qualquer momento.”
👉 Quantas vezes o stress, a ansiedade ou até um diagnóstico nos pesam mais pela forma como pensamos sobre eles, do que pelo que realmente significam? O estoicismo ensina: podemos não controlar tudo, mas controlamos a nossa atitude.

🔑 Na prática, isto significa:
Levantar-se e cuidar do corpo mesmo quando falta motivação.
Encarar desafios de saúde como oportunidades de disciplina e crescimento. Trocar o “não consigo” por “vou fazer o que está ao meu alcance hoje”.
💡 Meditações é um lembrete de que a saúde começa dentro de nós — na forma como pensamos, agimos e escolhemos cuidar de nós todos os dias.

✨ É demasiado ingénuo acreditar que uma das causas (ou a causa) de um problema pode ser incluída no tratamento.Embora ne...
16/08/2025

✨ É demasiado ingénuo acreditar que uma das causas (ou a causa) de um problema pode ser incluída no tratamento.

Embora nem toda a gente o saiba, mas muitas das vezes sabemos o que nos faz mal, e abrir mão disso parece impossível. As memórias, as rotinas… tudo isso pesa mais do que a ideia abstrata de saúde a longo prazo.
É humano resistir à mudança e agarrar-se ao prazer imediato, mesmo quando percebemos que esse hábito alimenta o desconforto.

E ainda normalizamos:
👉 “É da idade.”
👉 “Toda a gente tem.”
👉 “Faz parte”

Mas comum não é sinónimo de normal. O corpo fala através de sinais — e quando os ignoramos e normalizamos, estamos a fazer uma escolha.

E é demasiado ingénuo rotular o caminho de volta como fundamentalismo. Isso é descartar-se das responsabilidades e da “culpa” interna.

👉 Radical é viver uma vida inteira limitado, por escolha.
👉 Radical é acreditar que não há alternativa senão medicar sintomas para sempre, ou acreditar que o corpo só funciona medicado.
👉 Radical é chamar “normal” ao comum.
👉 Radical é ter uma lista de sintomas como se fosse uma lista de compras do supermercado, e descartar-se dessa responsabilização.
👉 Radical é acreditar que o corpo foi projetado para acordar e deitar-se desconfortável.

A verdade é que mudar hábitos pode parecer desafiante… mas o verdadeiro extremo é não mudar nada, quando se sabe que existe um caminho para recuperar vitalidade — é um ato de amor-próprio. Coragem para abrir mão do prazer imediato em nome de uma vida com liberdade.

Ninguém diria a um fumador: “basta fumar com moderação”.
Ninguém recomendaria a um alcoólico: “beba só um copo de vez em quando, com equilíbrio”.
Então porque continuam a perpetuar que é possível ter “equilíbrio” com produtos DESENHADOS para nos manter agarrados, mesmo quando ha sinais de víci0?
Querem uma prova simples? Se alguém vos recomendasse “vamos estar 30 dias sem ingerir X” e a resposta automática fosse “não consigo”: quem é que está a ser comandado?
Para realmente perceberem, têm de sair do conforto!

🏋️‍♀️ Micronutrientes: o elo esquecido na força “A base para construir músculo é o aporte adequado de proteína… já as pe...
15/08/2025

🏋️‍♀️ Micronutrientes: o elo esquecido na força

“A base para construir músculo é o aporte adequado de proteína… já as pedras da calçada o sabem. Mas as ‘rodas’ que fazem o progresso andar são os micronutrientes.
Vivemos com macronutrientes, mas prosperamos com micronutrientes.

Um grupo de investigadores acompanhou durante 32 semanas 80 idosas com risco de sarcopenia. Foram divididas em 2 tipos de treino:
Treino de resistência de alta velocidade (H-RT).
Treino multicomponente (MT) – combinação de força, equilíbrio e resistência.

📊 Ambos os treinos melhoraram a força, mas as mulheres com níveis adequados de micronutrientes tiveram ganhos significativamente maiores.
Vitamina D e B12 mostraram-se essenciais para que qualquer treino funcionasse bem.
No H-RT, o corpo também precisou de vitamina E, magnésio, ferro e potássio para responder no seu máximo.

💡 Este estudo mostra que a qualidade dos ganhos não depende só da quantidade de proteína ou do treino. Os músculos precisam de um “ambiente interno” rico em vitaminas e minerais para reparar fibras, gerar energia e responder ao estímulo. Mesmo o melhor treino pode ter resultados limitados se houver carências.

⚠️ Manter bons níveis de micronutrientes não é apenas para “evitar défices” — é para otimizar a resposta ao treino, preservar a força e a independência física. Alimentação nutritiva, exposição solar adequada e, quando necessário, suplementação orientada são parte fundamental.

🚨 Resistência à Insulina: um inimigo “silencioso” que dita o “azar”Acreditas que ter hipertensão, gordura abdominal, fíg...
11/08/2025

🚨 Resistência à Insulina: um inimigo “silencioso” que dita o “azar”
Acreditas que ter hipertensão, gordura abdominal, fígado gordo, colesterol alto ou (pré)diabetes é genética ou puro azar?
A verdade é que, na maioria dos casos, existe um fio condutor chamado resistência à insulina — e quase ninguém fala sobre ela. Aliás, vejo vários projetos para rastrear diabetes, mas nenhum para rastrear a sua rampa de lançamento.

🔬 O que é?
A insulina é uma hormona produzida pelo pâncreas que transporta a glicose do sangue para dentro das células, para ser usada como energia. Quando as células deixam de responder bem a esta hormona (por uma série de motivos), o corpo precisa produzir cada vez mais insulina para manter a glicemia “normal”.
Enquanto isso, inflamação, acumulação de gordura visceral e disfunções metabólicas vão-se instalando… muitas vezes anos antes de um diagnóstico oficial de outras coisas.
Ninguém morre de resistência à insulina, mas morre dos seus efeitos.

📌 Condições associadas:

Hipertensão arterial
Aumento do perímetro abdominal
Triglicerídeos altos e/ou HDL baixo
Pré-diabetes ou diabetes tipo 2
Doenças cardiovasculares (Enfarte, AVC, etc)
Maior parte dos casos de síndrome do ovário poliquístico (SOP)
Inflamação crónica

💡 Sinais de alerta:
Ganho de peso (especialmente abdominal), mesmo em pessoas consideradas de peso corporal normal
Fome frequente ou a instalar-se de forma mais notória
Fadiga, principalmente após as refeições
Pressão arterial elevada
Dificuldade em perder peso, mesmo fazendo as “restrições clássicas”

✅ O que fazer:
Reduzir consumo de alimentos baseados em farinhas
Priorizar fontes de proteínas e gorduras de qualidade e de elevado valor biológico
Treinar força e fazer atividade física regular
Dormir pelo menos 8h por noite, com todas as luzes apagadas
Gerir o stress: isto implica afastarmos pessoas que não nos fazem ser melhores
Jantar cedo e cedo erguer…

💬 Não é azar. Não é só genética. É um processo silencioso — e quanto mais cedo atuar, mais fácil é reverter. Se não o quiseres, não há problema algum: agora não te queixes da vida.

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