Genealogia - Daniela Lains

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Na genealogia, para mim, não existe concorrência: existem partilhas de paixão. Cada descoberta, cada história resgatada ...
16/07/2025

Na genealogia, para mim, não existe concorrência: existem partilhas de paixão. Cada descoberta, cada história resgatada do tempo, é um contributo valioso para o nosso património comum. E se há algo que vale sempre a pena, é divulgar o que é verdadeiramente interessante.

É com esse espírito que partilho convosco um evento muito especial: a apresentação de um trabalho notável da autoria de Roland Ferreira. Um projecto de excelência, fruto de investigação dedicada, que terá lugar no próximo dia 15 de Agosto, em Espite (Ourém).

Terei o gosto de estar presente neste momento tão significativo, que contará também com a presença da televisão francesa TF1, que acompanhará e filmará o evento para o seu prestigiado programa Grand Reportage.

Será, sem dúvida, uma ocasião memorável, uma celebração da memória, da história e da paixão que nos une.


Encontro-me perdida em Tondela, como se os contornos do tempo se diluíssem na paisagem. Não sei se é o espaço que me eng...
15/07/2025

Encontro-me perdida em Tondela, como se os contornos do tempo se diluíssem na paisagem. Não sei se é o espaço que me engole ou se sou eu que me abandono ao tempo. Contudo, sigo, passo após passo, como quem atravessa um limiar invisível. Viajo, sem mapa nem bússola, pelas fissuras do espaço tempo.

Assim, rendo-me às perguntas que assomam sempre que se tenta decifrar o passado. Interrogo-me, como tantos outros antes de mim, sobre como viviam aqueles que aqui habitaram. Que alimentos preparavam? Que sabores conheciam?

Além disso, pergunto-me como se vestiam, que tecidos cobriam os seus corpos, que cores tingiam o quotidiano. E, ainda, como seriam os vales e os montes nesses tempos?

Entretanto, deixo-me atravessar por estas imagens, como quem recolhe fragmentos dispersos de uma memória que não lhe pertence, mas que insiste em chamar.

Enquanto o meu coração bater, nenhum nome se perderá no silêncio. Serão memória viva, contra o esquecimento e contra o t...
09/07/2025

Enquanto o meu coração bater, nenhum nome se perderá no silêncio. Serão memória viva, contra o esquecimento e contra o tempo.

A concentração é um ritual, e a noite, sua cúmplice fiel. É então que os nomes adormecidos nos registos voltam a erguer-...
29/06/2025

A concentração é um ritual, e a noite, sua cúmplice fiel.

É então que os nomes adormecidos nos registos voltam a erguer-se: letras gastas, traços que exigem paciência, olhos que lêem mais com o coração do que com a pupila.

Genealogia: arte do tempo que traça, em silêncio, as raízes invisíveis da existência.

Nas minhas veias corre um rio antigo, feito de carne, silêncio e legado. Cada gota do meu sangue guarda nomes que foram ...
19/06/2025

Nas minhas veias corre um rio antigo, feito de carne, silêncio e legado. Cada gota do meu sangue guarda nomes que foram gente, mãos que trabalharam até à exaustão, olhos que choraram perdas e sonharam futuros melhores, passos que cruzaram montes, vales e oceanos para que eu aqui existisse.

Sou Abbade, Alberto, Almeyda, António, Antunes, Arraes. Sou de famílias que souberam resistir ao frio das serras e ao calor das injustiças.

Sou Baptista, Barbaças, Bento, Bernardes, Braz. Herdei a ternura que sobreviveu ao luto, ao medo e à ausência.

Sou Cabete, Carreira, Carvalha, Cassão, Cigano, Chouriço, Coelho. Nomes nascidos do povo, da terra e da liberdade. São raízes de gente que se levantou da pobreza com dignidade, mesmo quando o pão escasseava e o trabalho era duro.

Sou da Cunha, de Abreu, de Figueiredo, de Freitas, de Jesus, de Lima. Descendo de sobreviventes de pestes e epidemias, de mães que enterraram filhos, de homens que voltaram da guerra com o silêncio nos olhos.

Sou da Motta, da Silva, Dias, Domingues, Duarte, Esteves. Sou filha de gerações que viveram o peso das invasões, dos reis distantes e da fome partilhada nas aldeias.

Sou Fajardo, Fernandes, Ferreira, Ferreiro, Francisco, Fonseca, Freitas, Gaspar, Gomes, Gonçalves, Grasina, Grillo. Sou feita da força dos que cruzaram o Atlântico em navios frágeis, de quem emigrou em busca de pão e voltou com saudade, ou nunca mais voltou.

Sou João, Jordão, Jorge, Lains de Aguiar, Lopes, Luís. Sou marca de um país pequeno em tamanho mas imenso em memória. Portugal, com as suas batalhas, recessões, impérios perdidos e sempre, sempre, a esperança.

Sou Machado, Maricato, Marinheiro, Marques, Martins, Mendes, Menezes, Monteiro, Moreno. Gente que soube amar na miséria e rezar na adversidade. Gente que sabia calar para proteger e agir quando já não havia tempo para hesitações.

Sou Neta, Neves, Olaio, Pardal, Pedrosa, Perdigão. Sou herança das ceifas, das migrações internas, das noites à luz de candeia, das roupas gastas por gerações de mãos calejadas.

Sou Pereira, Pires, Quinta, Rabialvo, Ratinho, Relveiro. Sou memória que ficou nas paredes de casas de pedra, em cartas dobradas, em histórias que quase se perdiam se não fosse esta procura.

Sou Rodrigues, Salgueiro, Santo, Santos, Simões, Telheiro, Teotónio, Thome, Vaz. Sou feita de migração — de famílias que se moveram entre o campo e as cidades, e também de quem cruzou fronteiras, fugiu a ditaduras, ousou começar de novo noutra língua e noutro chão.

Sou todos. Carrego no corpo e na alma o peso invisível de séculos cruzados. Não sou feita de enfeites ou ornamentos: sou feita de marcas de trabalho, de promessas guardadas no silêncio, de mãos que repetiram gestos milenares para fazer sobreviver os seus.

A genealogia ensinou-me que a identidade não é visível à primeira vista — é o pulsar antigo que se ouve quando o mundo está em silêncio. É o reconhecimento íntimo de que cada nome que trago é uma vida vivida, uma dor carregada, uma esperança passada de geração em geração.

E esta busca ainda não terminou. Ainda sigo, com reverência e chama acesa, atrás das raízes que me faltam — guiada pelo nome que carrego com alma e honra: Lains de Aguiar.

Sou feita de nomes. E os nomes, esses sim, sabem exatamente quem eu sou.

Depois de inúmeros pedidos, percebi que era tempo de encontrar uma solução verdadeiramente especial para todos aqueles q...
10/06/2025

Depois de inúmeros pedidos, percebi que era tempo de encontrar uma solução verdadeiramente especial para todos aqueles que sonham eternizar a sua própria ascendência numa árvore genealógica única, intemporal e personalizada.

Assim nasceu este projeto, pensado e desenvolvido exclusivamente a pensar em si:

Criei um modelo de árvore genealógica de cinco gerações, em formato PDF de alta resolução, pronto a ser impresso e preenchido à mão — no seu tempo, ao seu ritmo, no suporte que preferir.

Cada árvore é uma peça única, executada com máxima atenção ao detalhe e ao equilíbrio gráfico.

Com três opções exclusivas de design (Primavera - Sépia - Raízes), cada qual com a sua alma, e três ornamentos distintos (colocados abaixo do título), adaptáveis a cada estilo, a cada gosto, a cada família, permitindo deste modo que a árvore se alinhe verdadeiramente com a identidade e sensibilidade de quem a recebe.

Ideal para oferecer, para começar o seu próprio registo familiar ou como presente intergeracional cheio de significado.

Dê vida às suas raízes. Escolha a sua árvore e preencha-a com amor.

Para encomendar a sua, basta enviar um mail para geneotrees@gmail.com

A leitura atenta e minuciosa dos livros de registos paroquiais revela-se um exercício fundamental para quem procura comp...
27/05/2025

A leitura atenta e minuciosa dos livros de registos paroquiais revela-se um exercício fundamental para quem procura compreender, com profundidade e rigor, o quotidiano, os sofrimentos e as resiliências das comunidades de outrora. Não se trata apenas de identificar datas de nascimento, casamento ou falecimento, mas sim de captar as entrelinhas da vida, os ecos de tragédias e as marcas de esperança inscritas pelas mãos dos párocos que testemunharam, em tempo real, as vicissitudes da História.

Um exemplo particularmente eloquente encontra-se no livro paroquial da freguesia da Vieira de Leiria, onde, logo na primeira página, o pároco registou com notável sinceridade e sentido de dever a dramática situação vivida no ano de 1856. Escreveu ele:

"No anno de 1856, foi esta Freguesia accommettada do mal colera-morbus, de que foram victimas perto de noventa pessoas, sendo attacadas muitissimas, tivemos eu, e o Reverendo Coadjutor, que então servia esta Freguesia, muito trabalho com as confissões; não podemos fazer o trabalho dos Assentos dos Baptisados com a regularidade do costume, sendo feitos ápressa, outros addiados, do mais que foi impossivel reduzilos a ordem chronologica; (....)"

Esta nota, aparentemente marginal, encerra um testemunho comovente das agruras vividas durante uma das epidemias de cólera que, ao longo do século XIX, fustigaram Portugal. O ano de 1856 foi, de facto, marcado por surtos severos desta doença, que afetaram com particular intensidade várias regiões do país, sobretudo em contextos onde a higiene era precária e os serviços médicos escassos ou inexistentes.

O excerto acima transcrito dá-nos conta não só do número elevado de vítimas, mas também da sobrecarga espiritual e emocional dos clérigos, cuja missão ultrapassava largamente a função sacramental. Foram, nesse contexto, pastores de almas e enfermeiros de última hora, confessores apressados e cronistas improvisados do caos. A própria ordem dos registos paroquiais, habitualmente tão rigorosa e cronológica , foi sacrificada em nome da urgência e da piedade.

É precisamente nestes detalhes que reside a riqueza dos arquivos paroquiais. São "pérolas", como bem se diz, que iluminam, em traços breves mas intensos, as dificuldades enfrentadas pelos nossos antepassados. Revelam-se, assim, não apenas fontes genealógicas, mas autênticos documentos de memória coletiva, que nos convidam a respeitar, com humildade, a experiência vivida por quem nos antecedeu.

Ler com atenção cada página, cada nota marginal, cada hesitação de caligrafia, é um ato de justiça histórica. Por isso, quem se dedica ao estudo da genealogia ou da história local tem o dever de não se limitar a "recolher dados", mas de escutar, entre linhas, a reverberação das dores e anseios de épocas passadas. A verdade dos arquivos paroquiais está muitas vezes nos seus silêncios, nas suas lacunas, e também nestas anotações que nos humanizam o passado. São vestígios da resiliência dos nossos antepassados e, ao mesmo tempo, advertências do que a memória coletiva não deve esquecer.

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