
10/09/2022
Neste dia mundial de prevenção ao suicídio quero enfatizar da importância de conscientizarmos os mais jovens, os adolescentes. Chega de achar que incita-se ao falar sobre um assunto tão necessário! A população que mais corre risco está justamente na faixa etária entre 15 e 35 anos. Por estar dando início a várias questões bio-psico-sociais e estar obviamente expostos a fatores dos quais ainda não conseguem abstrair, os adolescentes ainda não aprenderam a dar vazão as emoções que importam para si. Convém aos profissionais esse trabalho de psicoeducação que urge aos tempos atuais. Por grande infelicidade, muitas vezes no próprio ambiente familiar encontram-se adultos que também não aprenderam de forma assertiva a trabalhar questões fundamentais para um amadurecimento e adaptação frente as adversidades.
Como subtema da palestra acima escolhi *Falar costuma fazer bem*. Parece simples, mas o grande vilão de nós mesmos é o silêncio desconfortável. O silêncio é a contemplação do Belo, do Bom, da Verdade. Acontece, porém, que quando o silêncio não tem essa finalidade, ele será preenchido de grandes ruídos, de grande caos e perturbação. Quando falo que Falar "costuma" fazer bem, digo que não basta falar para fazer bem. Falar exige método, e exige também grande escuta. Cuspir palavras não é falar. Se não consegue ouvir, não é capaz de falar. E o adolescente, nesse contexto, que encara o mundo pelos seus olhos, encara também pelos olhos de seu grupo. E falar para eles significa ser fracos, e esse medo é o maior ruído interpretativo que alguém pode cometer, porque fazemos o grande esforço para sermos "deuses" e esquecemos que na vida só se basta SER HUMANO.
Obrigado pelo convite, professor