
15/05/2025
À primeira vista, essa frase pode parecer uma simples constatação sobre rejeição amorosa. Mas, na verdade, ela revela uma verdade mais profunda sobre nossas necessidades emocionais.
Não se trata apenas do que é oferecido, mas de quem oferece. O valor de um gesto, de um carinho, de um presente, está intrinsecamente ligado à relação que temos com quem o realiza. Buscamos, muitas vezes inconscientemente, suprir carências específicas com fontes que não correspondem a essas necessidades.
É por isso que, o carinho de um amigo não preenche a ausência dos pais. O amor romântico não resolve a carência de infância. O afeto presente de hoje não cura um abandono antigo que ficou em aberto.
Cada tipo de amor tem uma função emocional.
E tentar suprir uma ausência com outro tipo de presença é como tentar usar a chave errada na porta certa: ela até entra, mas não gira.
Como psicóloga, vejo diariamente o quanto procuramos no outro o que faltou em lugares mais antigos. E como isso gera frustração, expectativas desajustadas e relações sobrecarregadas.
A maturidade emocional começa quando a gente entende que: amor não substitui — e nem sempre amor vem de fora. 🧡