dracarlazambaldi

29/02/2024

Insights do curso de Autocompaixão Feroz:

Por que é tão difícil colocar limites e não deixei claro o NÃO?

O medo de errar, o receio de ferir o outro e deixá-lo mal ou a insegurança dar conta de lidar com as consequências do não são sentimentos tão fortes que geralmente nos impede de agir.

Poder sustentar a nós mesmos com ternura, nossos medos, nossa dor, é o primeiro passo para poder proteger-nos.

Por limites e proteger-me é essencial. Que sigamos aprendendo a dizer NÃO.

Nosso corpo, nossa dignidade, nosso tempo, nosso espaço, nossa verdade, nossos valores precisam ser defendidos. Quando digo não e coloco limites, faço por mim por muitos que também são injustiçados, humilhados, ameaçados, menosprezados, agredidos.

15/02/2024

07/02/2024

A arte da escuta, por Jane O'Shea, no seu livro de poesias Words Remedies.

17/01/2024

Da maravilhosa Cecilia Meireles

29/12/2023

🤔🧠
Da leitura em curso: O mito do normal, de Gabor Maté.

17/12/2023

Última compilação de livros lidos em 2023.

- Niketche: uma história de poligamia, da escritora Paulina Chiaziane. Muitas reflexões sobre uma cultura pautada no valor do homem, que faz a mulher tolerar o intolerável por medo da solidão, mas não apaga a sua força tremendamente transformadora em meio a dor.

- A vergonha, de Annie Ernaux. Meu primeiro livro da ganhadora do Nobel. Escrita incrível, potente, de alma rasgada. Um retrato muito lúcido da sociedade que cala a individualidade, que molda para a obediência. Um resgate corajoso das memórias dolorosas. "Aquilo que não podia ser dito a ninguém, em nenhum dos meus dois mundos". 

- Salvar o fogo, do maravilho Itamar Vieira Junior. Histórias pessoais que falam da sociedade brasileira. Formada na injustiça, no silenciamento e morte de culturas, povos, saberes religiosos consideradas como "inferiores", "pecaminosos", ou "errados"

06/12/2023

“A poesia tem comunicação secreta com os sofrimentos do homem.” —  Pablo Neruda

- Sede de me beber inteira, o poder no uso das palavras da autora brasielira Liana Ferraz é surpreendente. O seu romance Um prefácio para Olívia Guerra já está na minha lista de leituras.

- Eu destilo Melanina e Mel, de Upile Chisala, tem poemas emocionantes sobre superação, autovalor, sobre ser negra e mulher

- Eu tenho sérios poemas mentais, poesias feitas num germinar de recuperação, de cura e autotransformação do autor Pedro Salomão

01/12/2023

Dezembro chegou. Tempo de finalizar projetos e lidar com a sobrecarga do final de ano. E quero deixar aqui o registro dos livros que cruzaram meu caminho neste segundo semestre de 2023. 

Esse trio de livros são versões modernas de antigas histórias. 

- A Odisseia de Penélope, de Margaret Aiwood, conta a versão de Penélope durante o tempo em que Odisseu viaja para casa após a guerra de Tróia. Afinal de contas, ela precisa contar com sua própria voz e mostrar que as mulheres da mitologia grega precisam ser ouvidas em suas versões da história.

- A casa com patas de galinha, de Sophie Anderson é um livro infanto juvenil, sobre uma menina, neta de Baba Yaga, a bruxa da mitologia eslava. Poucas histórias sobre ela chegam até nós e eu adoro a figura de Baba Yaga, assim esse livro foi uma delícia de ler.

- Olhar Petrificante: A história de Medusa, de Natalie Haynes, também é dessa corrente de versões que nos ajuda a olharmos as mulheres da mitologia grega em outra perspectiva. A mitologia grega é um retrato de um mundo patriarcal e seus deuses, deusas e figuras mitológicas têm suas vidas muito marcadas por esta estruturação. Medusa é uma metáfora muito rica para muitas mulheres traumatizadas e vistas como monstros pela sociedade. Vale demais a leitura.

29/11/2023

De Upile Chisala, no seu livro de poesia Destilo Melanina e Mel.

14/11/2023

Me sinto feliz de pertencer ao grupo de professores Iberoamericamos de Mindfupness e Autocompaixão.

Professores falantes de espanhol e português têm ensinado o MSC em muitos países.

Agora as informações sobre cursos e professores pelo mundo podem ser encontradas no site www.msc-spanish.com

05/11/2023

Poema de Derek Walcott (1930-2017). Nascido em Santa Lúcia, país insular das Antilhas. Foi o primeiro poeta caribenho a receber o Prêmio Nobel de Literatura, em 1992.

04/10/2023

Há uma porção em nós que é extremamente vigilante aos nossos erros e falhas, nos avalia negativamente e reage de forma muito dura a nós mesmos. A chamamos de nosso Eu Crítico ou Autocrítica ou Crítico Interno. 

Ela está sempre a nos dizer e nos enviando mensagem de que não podemos, não somos capazes, não somos suficientes, não servimos, não estamos à altura, não tem jeito para nós.

Com a chegada da maternidade, nosso Eu crítico pode tornar-se muito ativo. A expectativa cultural que a mulher deve ser excelente em suas múltiplas funções e a carga desbalanceada da responsabilidade da mulher pela criação e bem estar de seus filhos é um terreno fértil para sermos invadidas por auto julgamentos negativos.

Dar ouvidos a uma voz compassiva, que se preocupa conosco mesmo, nos trata bem e nos quer bem, pode ser revolucionário.

26/09/2023

O cultivo de mindfulness, de uma forma geral, está relacionado a diversos benefícios como:

·      Uma mente menos propensa a divagações, agitação, preocupações sem controle ou ruminações de situações passadas;

·      Regulação da atenção;

·      Regulação emocional;

·      Consciência corporal;

·      Conhecimento do próprio funcionamento mental;

·      Equanimidade, capacidade de transitar em meio a diferentes experiências, independentemente de sua origem ou valência afetiva (agradável, desagradável ou neutra.

Intervenções utilizando mindfulness no período perinatal têm surgido como opção efetiva e segura de cuidado preventivo de saúde mental, através da construção de recursos psíquicos, autocuidado, resiliência, autoconsciência e regulação emocional, e promoção de redução do estresse e sintomas depressivos e ansiosos.

Estamos vendo belos relatos no grupo de MSC para grávidas.

31/08/2023

Com a gravidez e o nascimento de um Podemos dizer que tornar-se mãe é uma travessia em águas turbulentas e desconhecidas. É bastante comum deparar-se com frustrações, pois muitas coisas não ocorrem como foram sonhadas. Situações e demandas novas trarão a sensação de despreparo e medo. A maternidade, de certa forma, expõe fragilidades e feridas internas, mostra tensões nas relações, revela insatisfações com a vida tem sido conduzida, escancara qual absurda tem sido nossas relações sociais. Apesar de também abrir portas para a descoberta de forças e sabedorias antes nunca vistas pelo caminho.

Se prestarmos mesmo atenção não temos um grande arsenal de recurso para lidarmos com momentos difíceis. E muitas vezes, em vez de nos ajudarmos e apoiarmos a nós mesmos quando as coisas não vão bem, tendemos a nos criticar, a sermos duras conosco mesmas e a nos sentir os piores seres do universo.

Assim é importante Aucompaixão na bagagem para a maternidade. Ela nos dá recursos para cuidar de nós mesmas. Autocompaixão pode ser fonte interna de segurança, tranquilidade e calma para quando surgirem desafios que não esperávamos, quando as coisas fugirem do controle, quando começarmos a nos sentir péssimas conosco mesma ou como mãe.

08/11/2022

🌼Desde que escutei sobre autocompaixão pela primeira vez, fez muito sentido pra mim.

🌼Autocrítica elevada é comum em pessoas com adoecimento mental. Nem tem uma semana sequer que eu não escute pessoas me contando sobre ela.

🌼Treinar autocompaixão é um recurso incrível para reduzir o auto ataque e reduzir o sofrimento

08/11/2022

🌼Desde que escutei sobre autocompaixão pela primeira vez, fez muito sentido pra mim.

🌼Autocrítica elevada é comum em pessoas com adoecimento mental. Nem tem uma semana sequer que eu não escute pessoas me contando sobre ela.

🌼Treinar autocompaixão é um recurso incrível para reduzir o auto ataque e reduzir o sofrimento.

30/07/2022

TDAH ao longo da vida mulher: muitas nuances que precisam de um cuidado bem particularizado.

20/07/2022

Este artigo tem os resultados da pedquisa compôs minha tese de doutorado (2011). Ele foi o primeiro estudo brasileiro sobre parto traumático. Pudemos confirmar: sim, o parto pode ser uma experiência traumática. Inclusive não é uma condição incomum. Nós entrevistamos 328 mulheres em maternidades em Recife. Um total de 53 (16,2%) da amostra teve um parto traumático. Foi associado ao evento: escolaridade intermediária, gestação de alto risco, intercorrências obstétricas na gestação, primiparidade, alto escore de dor, fórceps, episiotomia, prematuridade, complicações no nascimento ou com o bebê, bebê que necessita de cuidados hospitalares, vivência dissociativa periparto, não satisfação com a assistência da maternidade e não estar bem informada sobre a evolução do trabalho de parto e parto.

22/06/2022

Ibone Olza é psiquiatra na Espanha. Ela é ativista pela saúde materna, saúde na primeira infância e pelo parto humanizado.

Acho esse livro muito bom, ponderado, feito por alguém com experiência na área, que tem paixão pelo tema e que também conhece evidências científicas. Nos faz pensar sobre o parto, seus aspectos históricos e culturais, o seu impacto na vida psíquica da mulher, repercussões de um parto traumático e repercussões de um parto respeitoso e positivo.

Parto traumático é um assunto que me interessa desde 2008. Foi entrevistando mulheres para a pesquisa do mestrado e escutando seus relatos que descobri que parto poderia ser um evento traumático. Não tive outro caminho que não fosse estudar isso no doutorado. No próximo post conto mais sobre isso.