
23/12/2021
As pessoas costumam se perguntar por que com muito mais frequência do que perguntam qualquer outra coisa. O porquê é sempre mais difícil, do que responder o como, o que e quem. Isso não significa que não existe uma resposta, mas ela nem sempre vem em forma de palavra. Pode vir de várias maneiras.
Não sabemos por que morreremos (por que tantos morreram?!). E porque existimos? Por que estamos vivos? O mesmo vale para a morte. Tanto viver, como morrer são mistérios totais. Não dá para saber sobre um deles até passar pelos dois.
Esse último ano foi de sobrevivência. Foi de muitas perguntas e poucas respostas. Quem chegou até aqui, sobreviveu aos tantos desafios da vida. E isso, por si só, já é uma grande razão para permanecer e seguir em frente. Para seguir sendo. Para seguir presente.
Que 2022 possa ser um pouquinho mais doce, mesmo que não nos traga tantas respostas. Que sigamos atentos ao como queremos viver. Ao que necessitamos. E com quem desejamos estar.
Que nós possamos estar ainda mais conectados com estarmos aqui. Que possamos ser e estar. Que possamos viver. Seja bem-vindo 2022.
* Reflexão inspirada na leitura “Os cem anos de Lenni e Margot”, da autora Marianne Cronin (livro da caixinha Inéditos do mês de agosto de 2021 da )