24/12/2022
"É a obediência de Maria que abre a
porta para Deus. A Palavra de Deus, o Seu Espírito, cria
nela o Menino; cria-o através da porta da sua obediência,
Assim, Jesus é o novo Adão, um novo começo, da Virgem
Maria que está plenamente à disposição da vontade de
Deus.
Deus é Deus, e não Se move apenas no mundo das ideias.
Está em jogo a questão: também Lhe pertence a matéria?
Se Deus não tem poder também sobre a matéria, então ele
não é Deus. Mas Ele possui esse poder e, com a
concepção e a ressurreição de Jesus Cristo, inaugurou
uma nova criação; assim, enquanto Criador, Ele é também
nosso redentor" (Bento XVI, A Infância de Jesus, p. 51,52)
Entre os dois grandes mistérios do universo (encarnação e
ressurreição de Jesus Cristo) está o Seu nascimento pela
bem-aventurada Virgem Maria em Belém, que f**a em
Judá, ao sul de Jerusalém.
O momento bucólico passou desapercebido pelo mundo
inteiro precisamente pela majestosa humildade do que se
passava ali. Os principais do tempo (César Augusto e
Herodes o Grande) não faziam ideia de que o filho de um
desconhecido carpinteiro abalaria o cosmos. O Criador
estava nascendo da Sua criação. Se tivesse sido um
espetáculo estrondoso aos olhos humanos; se Deus não
fosse mesmo homem; se aquilo se mostrasse pelo que
realmente era, o mundo não suportaria tamanha glória e
sucumbiria sem redenção, danado e em prantos; não
suportaria o advento de Deus sem Deus em seus
corações.
É por isso que a única imagem de Nossa Senhora sorrindo
é a de Belém, com o recém nascido em seu colo de mãe.
Ela sorri por ter sido, finalmente, cumprida a profecia de
que ela seria a bendita entre as mulheres, a cheia de
graça, cujo fruto seria ainda mais bendito, a Mãe de Deus.
Ela sorri porque o Salvador carrega agora e para sempre o
sangue que corria em suas veias; o mesmo mariano que
seria derramado na cruz. Ela sorri porque seu sim abriu as
portas para Deus.
Feliz Natal!
(Bernardo P Küster.)