14/07/2016
SORRISO DESCONTROLADO EM MOMENTOS INOPORTUNOS: Imaginam do que se trata? Já viveu uma situação parecida?
Muitas pessoas já comentaram sobre como se sentiram constrangidas após terem uma descontrolada e demorada crise de riso num momento inoportuno, como em um velório por exemplo. Elas sempre dizem perder o controle sobre suas emoções, de forma que mesmo tendo a consciência de que devem parar com tal atitude, não conseguem. A sensação que elas descrevem ter depois é de total vergonha, impotência por não dominarem suas próprias emoções e sobrecarregam-se de questionamentos sobre as causas que as levam a agir dessa forma.
Bom, partindo do princípio de que somos seres que nascemos com a real percepção de que viemos ao mundo para sermos felizes, buscamos essa realização por toda a vida. Um dos primeiros sinais de felicidade é o sorriso, responsável pela liberação de endorfina, hormônio associado à sensação de bem-estar. Sendo assim, sorrir além de aumentar a atividade imunológica pode, de acordo com pesquisas, retardar o envelhecimento. Tudo isso, nos transforma em seres condicionados a praticar atos que despertem a vontade de sorrir para que tenhamos sempre como recompensa essa tão grandiosa sensação.
Com o passar dos anos, essa busca por motivos que proporcionem o sorriso funciona de forma tão contínua que, por muitas vezes, transformam-se num mecanismo de defesa para o corpo e a mente. É a partir daí que, inconscientemente, os sentimentos opostos como a tristeza de uma perda, não ganham mais espaço no indivíduo, sendo rebatidos com sorrisos descontrolados para que a recompensa trazida pela felicidade chegue de maneira mais rápida. Tudo isso acontece para que seja encontrado o caminho que o tire de uma zona de desconforto.
A solução está em perceber que a vida só é plena quando há o equilíbrio das emoções e para que esse equilíbrio aconteça o ser humano deve vivenciá-las com o total poder sobre elas. Saber controlar as emoções é também uma forma de busca pelo bem estar, pois estaremos amadurecendo a consciência de que só saberemos dar valor ao que é bom se conhecermos e recebermos com sabedoria os momentos ruins. Tudo isso, inevitavelmente, fará parte do saber viver.
Sendo assim, permita-se chorar quando for hora de chorar
e permita-se sorrir quando for hora de sorrir.
(Maria Isabel Braga – Psicóloga Clínica)
Atendimento Psicológico On-line pelo site:
www.psicolink.com.br/mariaisabelbraga