
10/03/2025
Autoestima não é sobre se sentir confiante o tempo inteiro ou se ver como alguém perfeito — é sobre construir uma relação mais gentil e respeitosa consigo mesmo, mesmo diante das imperfeições. A Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) oferece estratégias poderosas para fortalecer essa relação, ajudando-nos a viver de acordo com nossos valores e a aceitar nossas vulnerabilidades sem deixar que elas nos definam.
1. Pratique a aceitação: permita-se ser quem você é
Muitas vezes, associamos a autoestima à ausência de inseguranças ou dúvidas, mas isso não é verdade. A ACT nos convida a aceitar nossas emoções difíceis, como o medo ou a autocrítica, sem tentar suprimi-las ou fugir delas. Quando aceitamos esses sentimentos como parte da nossa experiência, eles perdem o poder de nos paralisar.
Experimente: Quando se sentir inseguro ou insatisfeito consigo mesmo, respire fundo e reconheça essa emoção. Diga a si mesmo: "Eu estou sentindo isso agora, e tudo bem. Isso não define quem eu sou."
2. Conecte-se com seus valores: o que realmente importa para você?
A autoestima verdadeira nasce quando vivemos de acordo com o que valorizamos, não quando buscamos ser aceitos ou elogiados. Pergunte-se: Quais são os princípios que guiam minhas ações? O que me faz sentir que estou vivendo uma vida com sentido?
Experimente: Faça uma lista dos seus valores mais importantes — como honestidade, amor, coragem, criatividade — e avalie se suas atitudes diárias estão alinhadas a eles. Pequenos gestos coerentes com seus valores fortalecem a autoconfiança.
3. Aja apesar do medo: construa autoconfiança na prática
A ACT enfatiza a importância da ação comprometida — tomar atitudes alinhadas aos seus valores, mesmo quando o medo ou a insegurança aparecem. Você não precisa esperar se sentir completamente confiante para agir com coragem.
Experimente: Se a sua insegurança costuma te impedir de fazer algo importante para você, dê um pequeno passo nessa direção. Pode ser iniciar uma conversa difícil, expor uma opinião ou se permitir tentar algo novo, mesmo sem garantias de sucesso.
4. Pratique a autocompaixão: seja seu próprio apoio
A forma como falamos conosco influencia diretamente nossa autoestima. Em vez de se criticar duramente quando errar ou se sentir vulnerável, experimente se acolher como faria com um amigo querido.
Experimente: Quando perceber pensamentos autocríticos, pergunte-se: "Eu falaria assim com alguém que amo?" Se a resposta for não, reformule suas palavras para algo mais gentil e encorajador.
5. Desapegue-se de rótulos limitantes
Muitas vezes, nossa autoestima sofre porque nos apegamos a histórias antigas sobre quem somos: "Eu não sou bom o bastante", "Eu sempre fracasso". A ACT nos ensina a ver esses pensamentos como eventos passageiros, não verdades absolutas.
Experimente: Quando um pensamento autodepreciativo surgir, imagine que ele é uma nuvem passando no céu. Reconheça-o sem lutar contra ele, mas também sem tomá-lo como uma definição sobre você.
Conclusão: Autoestima é uma construção diária
Fortalecer a autoestima não significa se livrar de todas as inseguranças, mas aprender a conviver com elas de maneira mais leve, agindo de acordo com seus valores e se tratando com respeito. A Terapia de Aceitação e Compromisso nos mostra que podemos ser gentis conosco mesmo nas tempestades internas — e é nesse acolhimento que a verdadeira autoestima se constrói.
Se você sente que precisa de ajuda para fortalecer sua autoestima e viver de maneira mais autêntica, a terapia pode ser um espaço seguro e transformador. Estou aqui para te acompanhar nessa jornada.