
30/07/2025
👉O confinamento em casa por questões de protestos ou instabilidade social pode gerar um grande impacto emocional nas crianças, especialmente nas crianças atípicas, como aquelas com autismo, TDAH ou outras condições do neurodesenvolvimento.
Quando ocorrem mudanças abruptas — como o fechamento de escolas, barulhos externos, interrupção de passeios ou cancelamento de terapias — é comum que apresentem reações como irritabilidade, crises de choro, agitação, dificuldade para dormir ou regressão em comportamentos já conquistados.
👉Durante o confinamento, crianças atípicas podem ter dificuldade em compreender por que não podem sair, o que aumenta a ansiedade. Em casos de autismo, por exemplo, a hipersensibilidade a sons pode tornar os gritos, buzinas e barulhos de protesto verdadeiros gatilhos para crises sensoriais.
Crianças com TDAH podem sentir um aumento na inquietação e impulsividade devido à limitação do espaço físico e da movimentação. Nesses momentos, é essencial que os cuidadores mantenham uma comunicação clara e adaptada, usando recursos visuais, histórias sociais ou explicações simples, além de preservar ao máximo uma rotina dentro do possível.
👉 COMO OS PAIS PODEM AJUDAR?
Para acalmar uma crise, o mais importante é acolher a criança sem julgamento, oferecendo um ambiente seguro e previsível. Criar uma “zona de calma” com objetos que a criança gosta — como brinquedos sensoriais, fones abafadores, mantas, livros ou músicas relaxantes — pode ajudar a autorregulação.
Actividades como respiração guiada com apoio visual, massagem leve, exercícios corporais adaptados ou até mesmo o uso de desenhos animados favoritos como forma de distração momentânea podem ajudar.
Mais do que controlar o comportamento, o objetivo nesses momentos deve ser oferecer segurança emocional e contenção afetiva, mostrando à criança que, mesmo em tempos incertos, ela não está sozinha.