
03/02/2025
Já reparou como, em algumas situações, a colaboração acontece de forma tão espontânea, sem qualquer competição ou resistência?
Isso me ocorreu recentemente, quando observei um grupo de kambas que fumavam tranquilamente uma liamba enquanto conversam.
Pense em um grupo de amigos reunidos, circulando um "pica" de mão em mão. Não importa quem comprou, quem ngongou (enrolou) , quem acendeu ou quem já deu mais pancas (tragos) — o importante é que ninguém f**a de fora.
Parece que havia uma regra não escrita de cooperação: Onde a partilha acontecia sem restrições, sem hierarquia, sem medo de escassez.
E isto me fez pensar no seguinte: E se essa mesma mentalidade fosse aplicada ao mundo profissional?
Imagine um ambiente onde o conhecimento circula livremente, onde as pessoas dividem informações sem receio de perder espaço, onde a inovação não esbarra em egos inflados ou disputas territoriais.
Os profissionais trocariam conhecimento sem medo de perder espaço, impulsionando a inovação, acelerando o aprendizado e fortalecendo o crescimento coletivo. Em vez de competição estéril, haveria colaboração genuína, onde cada conquista individual beneficiaria o todo, tornando o ambiente de trabalho mais produtivo e dinâmico.
Ao contrário do que muitos pensam, compartilhar não nos torna mais fracos, mas mais fortes. A generosidade intelectual cria redes, amplia horizontes, acelera o progresso.
Meu anseio é que em algum momento possamos repensar nas nossas posturas profissionais, independentemente da área do saber que ocupamos ( medicina, direito, psicologia, etc.).
Talvez seja hora de partilhar o conhecimento (oportunidades, links, etc) como quem circula a última panca, sabendo que, no fim, o que importa não é quem segura, mas o que construímos juntos.
— Você está pronto para circular?
Nota: Este post trata de posturas profissionais, não do acto de fumar 🚭. Afinal, compartilhar conhecimento fortalece — já o cigarro, só enfraquece.
Fumar prejudica gravemente a saúde.
Atenciosamente
Herman Manuel, Psic.