23/03/2025
TEA (transtorno do espectro autista) não é doença, e não é modinha. É um transtorno genético com influência do meio. O autismo gera inabilidades (que são inerentes ao ser humano), impactando negativamente na vida social, infantil, nas atividades laborais e na socialização.
De acordo com o DSM-5, para o diagnóstico do autismo, o indivíduo precisa se enquadrar em 5 critérios:
A. Baixa reciprocidade social, emocional e comprometimento da comunicação verbal e não verbal.
A falta de socialização em bebês se manifesta com falta ou baixo contato visual, menor interesse em pares, em seus pais; menor afetividade, menor interesse ao toque físico, maior interesse em coisas abstratas, objetos.
Em crianças com 1 ano existem dificuldades na imitação (bater palmas, fazer o 1), tem dificuldades em identif**ar pai e mãe, em conhecer e entender o contexto social.
Com 1 ano e 6 meses, falta imitação (usar calçados dos pais, escovar os dentes dos bonecos…), expressão corporal e facial. Não fala e não se comunica bem.
Com 2 anos, apresentam dificuldades em responder, apontar, seguir regras, formular frases.
Aos 3 anos, deveria brincar de papai e mamãe de forma funcional, demonstrar sentimentos e conjugar verbos.
B. Comportamento restritivo, ritualístico e estereotipado, apego a coisas, interesses, pessoas ou objetos, comportamentos incomuns, rigidez comportamental, hipo ou hiper reatividade aos estímulos sensoriais (som, texturas, cheiros), hiperfoco.
C. Esses critérios precisam estar presentes desde os primeiros anos de vida. Necessariamente deve haver precocidade. Algumas crianças camuflam os sintomas.
D. Prejuízo verdadeiro (clinicamente signif**ativos) para a vida dessa pessoa.
E. Esses sintomas não são justif**ados por outras condições.
Caso seu filho tenha algum desses sintomas, procure profissionais capacitados para diagnóstico e tratamento precoce, pois o tempo é fundamental em crianças, devido a maior capacidade de organização neural e potencial de mielinização cerebral.