09/04/2021
Já sei há muito tempo que nem tudo em minha profissão são flores.
Mas a cada contratempo da natureza demoro para me reerguer, para seguir entre tanta felicidade do meu dia a dia, sem me esquecer por nenhum minuto da dor pela qual vivemos recentemente.
Há mais ou menos duas semanas, vivenciei duas histórias muito tristes. Duas MÃES, dessas que da orgulho de tamanho amor e dedicação, tiveram de se despedir cedo demais das suas crias, uma com 9 e outra com 28 semanas, as causas? Não cabem aqui hoje, e não importam.
Estive presente no momento mais difícil da vida de uma mulher: a separação material de seu filho.
Eu, ao ouvir a notícia, não sabia o que dizer, como consolar, como agir.
Chorei.
Orei.
Mas sabia o que não dizer, e não o disse. Ninguém quer ouvir: mas foi de comecinho, era um embrião, melhor assim do que ficar com sequelas, podia ter uma mal formação, depois pode ter outro.
Parem com isso, essas falas doem mais. Assim que sabemos da gravidez o amor cresce de um tanto no nosso coração - cria uma raiz forte que se ramifica pelo nosso corpo, útero, placenta e gruda no nosso filho, eternamente.
Só quem é mãe sabe que filhos são ÚNICOS, insubstituíveis, nada é pior do que se separar da cria; não existe dor maior.
Deixo aqui meu maior respeito, carinho e amor a todas as famílias que já viveram essa passagem.
Junto com essa flor linda que ganhei da família que deu adeus ao seu bebezinho, tão novinho e com um propósito gigantesco nas nossas vidas.
Um beijo e abraço enorme a essas duas famílias em especial e a esses dois bebezinhos que tão jovens cumpriram sua missão na Terra.
Carol