Ana Paula Banov - Psicanálise

25/06/2025

No dia 14 de junho tive a oportunidade, e porque não dizer, o privilégio de participar do Melanie Klein Trust Conference 2025, realizado em Londres.
Ainda não tenho palavras para descrever o quão rica, engrandecedora e transformadora foi esta experiência.
Com o tema “Truth and Kidness in Psychoanalytic Attitude” (Verdade e Gentileza na Atitude Psicanalítica - tradução livre), a conferência trouxe muitas reflexões sobre a nossa atuação clínica, que deve respeitar as verdades, mas não perder a gentileza, o acolhimento.
Durante a apresentação de seu trabalho na conferência, Penélope Garvey citou John Steiner “... a gentileza é importante não apenas para atenuar a crueldade da verdade, mas para torná-la mais verdadeira.” (Steiner, 2020: 9)
E esta citação é uma das verdades mais fortes que ficaram gravadas em mim depois desta experiência.
Que nós, analistas ou não, não percamos a gentileza, mesmo diante das mais duras verdades.

02/06/2025

Hoje, nosso grupo de leitura encerrou mais um dos Ateliês Clínicos da
Quanta riqueza, quanta troca, quantas provocações!

Vamos para a próxima!!!

11/05/2025

Quando Freud nos indaga: “qual a sua responsabilidade pela desordem da qual você se queixa?” também é para nos tirar do discurso de que a culpa é sempre da mãe!
Provavelmente a sua (e a minha) mãe fez o melhor que ela podia, com os recursos emocionais que tinha…
Mas o que você faz com isso, aí sim, é sua responsabilidade!

Então, hoje, no dia dela, aproveite para homenagear aquela que, do jeitinho dela, cuidou, educou, amou você!

Feliz Dia das Mães!

24/04/2025

“Se entendi alguma coisa sobre aquela tarde, sobre minha vida, é que às vezes os piores momentos de nossas vidas, aqueles que nos arrebatam em uma teia de desejos horrendos, que ameaçam nos desgastar com a absoluta impossibilidade oferecida pelo sofrimento que devemos suportar, são de fato os momentos que nos levam a entender nosso valor.”
Dra. Edith Eva Eger, em “A Bailarina de Auschwitz”

08/03/2025

05/02/2025

No dicionário, óbvio significa:
1. Fácil de descobrir, de ver, de entender; que salta à vista; manifesto, claro, patente.
2. Que não se pode pôr em dúvida; axiomático, evidente, incontestável.

Hoje, em nosso grupo de estudos, a disse a seguinte frase sobre isso: “é muito fácil alguém começar a falar e você ir na história dizendo que é óbvio, mas porque este alguém mostrou pra gente!”
É bem assim mesmo: alguém precisa contar, mostrar, dizer… aí entendemos e não contestamos.

Na análise, esse tal “óbvio” costuma aparecer com frequência, seja quando o analista aponta para algo da fala do analisando ou seja quando o analisando se ouve. (Aqui cabe uma frase que ouvi de um analisando há alguns anos: “quando eu falo eu sou o primeiro que ouço, porque os meus ouvidos são os que estão mais perto da minha boca.”)

Encontrar-se, ouvir-se, traduzir-se, faz você entender seus óbvios e poder dizer se eles ainda fazem sentido para você ou não! Mas para isso é necessário estar disposto a enfrentar o processo!
Vale a pena!

04/02/2025

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Já estão abertas as inscrições para o III Encontro Melanie Klein com o tema “Para além dos haters: desdobramentos da repressão do ódio sob a perspectiva kleiniana”.

Será no dia 29 de março, das 8h30 às 17h30, de forma presencial, aqui em São Paulo, no Hotel Radisson Paulista (Alameda Santos, 85). Os participantes assistirão a palestras e apresentação de trabalhos, com coffee break e certificado.

O primeiro lote estará disponível até o dia 15 de fevereiro pelo valor de R$ 290.

Não fique de fora! Será um evento imperdível para quem quiser aprender mais sobre aspectos práticos e teóricos relacionados à teoria de Melanie Klein, além da possibilidade de trocar ideias e experiências com outros membros da comunidade kleiniana.

➡️ III Encontro Melanie Klein

➡️Tema: “Para além dos haters: desdobramentos da repressão do ódio sob a perspectiva kleiniana”.

🗓️ Data: 29 de março (sábado)

🕠 Horário: 8h30 às 17h30

📍 Local: Hotel Radisson Paulista - Alameda Santos, 85

💰Valor (1º lote): R$ 290 até 15 de fevereiro

👨‍🎓Com certificado e coffee break

➡️ Para informações e inscrições, envie um e-mail para contato@institutokleiniano.com.br

01/02/2025

Esta é a última página no livro do J.-D. Nasio “A Depressão é a Perda de uma Ilusão”.
E como traduz bem nosso ofício de analistas. Não o fazemos para desviar de nossas tristezas, mas sim para seguirmos o desejo de estarmos ali, todo dia!

Para mim, é através deste ofício que me sinto eu mesma, verdadeiramente!
Acredito (e espero) que outros colegas também!

28/01/2025

É inevitável perder algo quando mudanças acontecem…
Perdemos no mínimo o (des)conforto da situação anterior. Ou perdemos aquilo que achávamos que tínhamos com o outro.
Porque quando algo muda, tudo muda junto.

Mas por medo de perder, muitas pessoas se colocam presas no conforto desconfortável.

Mas, “tudo muda o tempo todo no mundo”, já dizia a música, independente da nossa vontade!
Pense nisso, e encare as mudanças necessárias para a sua vida!

23/01/2025

.maria.marini
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QUE ASSIM SEJA!

Submeter-se à um processo analítico é, antes de mais nada, fazer uma aposta de que nessa aventura, se possa trilhar um caminho de desalienação em relação ao sintoma, ao gozo e à ilusão de que há um outro do tamanho de um bonde à quem devemos explicação, devoção e justificação de nossas mazelas subjetivas

É parar de ser esperto pra tornar-se humilde o suficiente e aprender o que uma análise pode ensinar sobre tu Tatu!

É finalmente entender que inteligência serve pra nada se não for usada com ignorância e sabedoria

É reconhecer que a liberdade é a coisa mais difícil de se alcançar e de se beneficiar, pois a gente começa a fazer coisas que quer porque não pode fazer tudo o que quer

É sofrer pra não mais gastar tempo e libido sofrendo

É mudar a lógica de compreensão do mundo onde a ética - e não a moral - é nota de corte pra tudo

É...

20/01/2025

Reflexão para encerrarmos o final de semana!

Que sejamos mais de silêncio e escuta.

11/01/2025

Começo o sábado com um recorte de Clarice Lispector, vindo do livro “Chuva n’Alma”, de Fátima Flórido César, Marina F. R. Ribeiro e Luís Cláudio Figueiredo.

Muitas vezes, buscamos dizer o que é indizível, mas apenas sentimos. Buscamos nomear algo, mas este algo não se nomeia. Porém, se reconhece, sabe-se!
Sentir, desejar… e, quiçá, movimentar, criar!