Jean Pessôa Psicólogo

Jean Pessôa Psicólogo Atuando como psicólogo educacional na prefeitura municipal de Anápolis e em clínica com psicotera

15/12/2016

A educação começa com respeito
Jean Carlos Pessôa

Dizem que tudo tem um começo e um fim e poucas coisas fogem a essa regra. Penso que a aprendizagem, processo intrínseco à educação, é uma delas, aprendemos desde que nascemos até o momento de nossa morte.
Nesse sentido qual seria o começo da educação se ela possivelmente não tem fim, visto que a aprendizagem não o tem?
Para responder tal questionamento é necessário pontuar que a educação, assim como a razão, é peculiar ao homem, ou seja, só o ser humano é capaz de se educar. Essa característica é comum a todos nós, mesmo com todas as distinções. Assim, somos iguais nas nossas diferenças. Uns mais humanos que outros, uns mais sensíveis que outros, uns mais sábios que outros, e é aí que começa a educação, quando aceitamos o outro com suas diferenças e percebemos que temos sempre algo a aprender com elas e que apesar delas continuamos sendo igualmente seres humanos.
Por menos que eu goste de astronomia, posso aprender que existem lindas estrelas e por menos que eu goste de outra pessoa, posso aprender com ela a ser mais tolerante, isso é educação, é assumir as diferenças e transcender, ir além. A educação não é apenas sentar-se num banco de escola para aprender que dois e dois são quatro, que casa se escreve com “s” e que o sol é, também, uma estrela. Educação é tudo isso e muito mais. É a assunção de uma postura humilde de reconhecimento do outro e de suas diferenças, e principalmente que elas o fazem ser humano como nós. Essas diferenças ensinam e, sobretudo, educam, e para poder perceber, aceitar e, principalmente, aprender com essas diferenças, é preciso respeitar tudo que o outro é. Então o começo da educação é o respeito, a educação começa com o respeito.

01/12/2016
FILOSOFIA

Olá pessoas! Segue aí um texto muito bacana que fala um pouco sobre ética, virtude e felicidade sob o prisma aristotélico... Vale muito a pena!
Não consegui identificar o autor, mas está disponível em um site ligado à UFMG. O link tá no final do post.
Uma boa leitura pra vocês!

Virtude e felicidade em Aristoteles

Para que se compreenda a ética aristotélica, é necessário inicialmente fazer uma distinção entre dois tipos de ética: a ética do fim e a ética do móvel. Um exemplo do primeiro tipo: "a felicidade é o fim da conduta humana" e do segundo: "o prazer é o móvel habitual e constante da conduta humana". Há uma diferença que deve ser pontuada, no primeiro exemplo, a felicidade (ou bem-estar, como diz David Ross) é um bem a ser atingindo, portanto ele é o fim que os homens devem procurar atingir durante o passar de suas vidas. Para Aristóteles, para se atingir este fim os homens devem aprimorar suas virtudes. Já no segundo exemplo, o prazer, que se consegue evitando a dor, é o bem que deve estar constantemente presente na vida dos homens, portanto ele não é um fim a ser atingido, ou seja para que a felicidade esteja sempre presente, o prazer deve ser o móvel que permita isto.

A Ética de Aristóteles é do primeiro tipo, uma Ética do fim.

Metafísica: O bem é uma realidade suprema, perfeita que deve ser desejada como tal.
Subjetivismo: O bem também pode ser aquilo que agrada e é desejado apenas por este aspecto.

Aristóteles toma o bem no sentido metafísico, ou seja como fim a ser atingido.
Disse Aristóteles que o bem em absoluto é mais desejável do que aquilo que é um bem para alguém em particular, como por exemplo curar-se é preferível a sofrer uma operação cirúrgica; que o que é o bem por natureza (a justiça) é preferível ao que é um bem por aquisição (o homem justo). " Mais desejável é o que pertence a um objeto melhor e mais digno, de tal modo que o que pertence à divindade é preferível ao que pertence ao homem, e o que tange à alma é preferível ao que tange ao corpo".
No livro I de Ética a Nicômaco diz Aristóteles:

"Toda arte e toda indagação, assim como toda ação e todo propósito, visam a algum bem; por isto foi dito acertadamente que o bem é aquilo a que todas as coisas visam."

"Se há, então, para as ações que praticamos, alguma finalidade que desejamos por si mesma, sendo tudo mais desejado por causa dela, e se não escolhemos tudo por causa de algo mais (se fosse assim, o processo prosseguiria até o infinito, de tal forma que nosso desejo seria vazio e vão), evidentemente tal finalidade deve ser o bem e o melhor dos bens."

"Para nós é evidente, em vista do que dissemos, que a felicidade é algo louvável e perfeito. Parece que é assim porque ela é um primeiro princípio, pois todas as outras coisas que fazemos são por causa dela, e sustentamos que o primeiro princípio e causa dos bens é algo louvável e divino."

"Sendo a felicidade, então, uma certa atividade da alma conforme à excelência perfeita, é necessário examinar a natureza da excelência. Isto provavelmente nos ajudará em nossa investigação a respeito da felicidade."

"É evidente que a excelência a examinar é a excelência humana, pois o bem e a felicidade que estamos procurando são o bem humano e a felicidade humana. A excelência humana significa, dizemos nós, a excelência não do corpo, mas da alma, e também dizemos que a felicidade é uma atividade da alma."

Para temos uma maior compreensão deste bem metafísico, fim da ética aristotélica, vamos tomar um trecho do Leviatã de Thomas Hobbes, que expressa o bem enquanto um móvel, enquanto uma concepção subjetivista:

" O homem chama de bom o objeto de seu apetite ou de seu desejo, de mau o objeto de seu ódio ou de sua aversão, de vil o objeto de seu desprezo. As palavras 'bom', 'mau', 'vil' são sempre entendidas em relação a quem as emprega, porque nada há de absoluto e simplesmente tal, e não há nenhuma norma comum para o bem e para o mal que derive da natureza das coisas."

Para Aristóteles a Política é a ciência prática a que todas as outras ciências estão subordinadas. A ética é uma parte da ciência política. "A sua ética é social e a sua política é ética." A investigação é feita em torno do caráter (ética significa a ciência do caráter). "A virtude moral não é completa em si própria. Para se ser moralmente virtuoso é preciso possuir em nós mesmos a sabedoria prática". "Para Aristóteles aquilo que diferencia a virtude moral do vício é o "justo meio" . No ponto de vista da excelência a virtude constitui um extremo, 'mas a respeito da sua essência e da sua definição constitui um justo meio'. O justo meio opõe-se ao excesso e ao defeito e, por conseqüência, não existe justo meio de um excesso ou de um defeito, assim como não existem nenhum excesso nem nenhum defeito de um justo meio." (Ross)

O objeto de escolha é aquele sobre o qual se decidiu por deliberação. A deliberação é sobre aquilo que está ao nosso alcance e pode ser feito, diz respeito aos meios e não aos fins, pressupõe um determinado fim, e partir do fim para os meios, deste modo até obter um meio capaz de ser adotado aqui e agora.

Virtudes intelectuais e morais: Para Aristóteles as virtudes intelectuais são superiores às virtudes morais, pois, por exemplo, uma pessoa que tem a virtude moral da coragem tem que saber controlá-la e para isto terá que seguir uma regra. A formulação e a aceitação desta regra se faz com o intelecto. Para se saber o que é a felicidade, as virtudes intelectuais são as melhores para sabê-lo.
Pela teoria do justo meio, os homens devem procurar a excelência, ou seja aprimorar as virtudes morais e intelectuais, como um meio para atingir o fim último, causador de toda a busca e investigação. Entre um excesso e uma deficiência, que são vícios, os homens devem procurar o "justo meio", que é a virtude. Assim entre a temeridade e a covardia, a coragem; entre a libertinagem e a insensibilidade, a temperança; entre o esbanjamento e a avareza, a prodigalidade; entre a vulgaridade e a vileza, o magnanimidade; entre a vaidade e a modéstia, o respeito próprio; entre a ambição e a moleza, a prudência; entre a grosseria e a indiferença, a gentileza; entre o orgulho e a própria menos valia, a veracidade; entre a zombaria e a rusticidade, a agudeza de espírito; entre a condescendência e o enfado, a amizade; entre a inveja e a malevolência, a justa indignação.

Disponível em:
Acessado em: 01/12/16.

Ética a Nicômacoporque nada há de absoluto e simplesmente talAção voluntária Escolha Virtudes intelectuais e moraisVirtudes teologais:Virtudes cardeais:Pecados capitais:Virtudes morais:Papéis atribuídos à vida moral:

01/12/2016

Palestra Comportamento Infantil - Reforço, Punição e Mídias. Realizada no último dia 30 no Centro Municipal de Educação Infantil Casimiro de Abreu.

01/12/2016

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