13/09/2025
✅ Hoje encerrei minha participação no 25º Congresso Internacional de Cefaleias, um dos principais encontros globais sobre o tema. Foram 4 dias de discussões intensas e troca de experiências com milhares de especialistas de diversos países, trazendo uma visão atualizada sobre diagnóstico e manejo das cefaleias.
Entre os destaques apresentados, gostaria de compartilhar algumas inovações que devem impactar nossa prática clínica nos próximos anos:
🔹 Gepants – antagonistas do receptor de CGRP, já aprovados em outros países, mostraram eficácia tanto no tratamento agudo das crises quanto na profilaxia da enxaqueca. A expectativa é que em breve estejam disponíveis no Brasil, ampliando significativamente nosso arsenal terapêutico.
🔹 Anticorpos monoclonais anti-PACAP – em fase avançada de desenvolvimento clínico, com resultados promissores para prevenção da enxaqueca. A previsão é que esses fármacos possam estar acessíveis em 2 a 3 anos, oferecendo mais uma alternativa direcionada a mecanismos específicos da doença.
🔹 Bloqueios de nervos periféricos – crescente robustez de evidências tem confirmado seu papel como estratégia eficaz e segura, sobretudo em pacientes refratários a tratamentos convencionais. Protocolos bem estruturados e estudos multicêntricos vêm consolidando essa prática na rotina de centros especializados.
🔹 Além disso, reforçou-se a importância de estratégias multimodais de tratamento, combinando terapias farmacológicas e intervenções não farmacológicas, com foco em um cuidado personalizado e centrado no paciente.
👉 A enxaqueca permanece como um dos principais desafios em neurologia clínica, impactando milhões de pessoas no mundo todo. O cenário atual nos traz otimismo: nunca tivemos tantas opções terapêuticas em desenvolvimento, sustentadas por evidências sólidas e com potencial real de modificar a história natural da doença.
Sigo motivado em atualizar minha prática clínica com base nas melhores evidências, para oferecer sempre o que há de mais moderno e efetivo no cuidado de meus pacientes.