28/08/2025
Anatomia do Narcisista: Uma Visão Resumida
O narcisismo vai além da vaidade exagerada; é um transtorno de personalidade que afeta a forma como a pessoa se relaciona com os outros. O Transtorno de Personalidade Narcisista (TPN), conforme o DSM-5, é caracterizado por grandiosidade, necessidade constante de admiração e falta de empatia.
1. Características Principais:
• Grandiosidade: O narcisista se vê como superior, acreditando que merece um tratamento especial e que suas habilidades ou conquistas são únicas.
• Necessidade de Admiração: Buscam elogios constantes para manter sua autoimagem elevada. Quando não recebem o reconhecimento esperado, podem ficar irritados.
• Falta de Empatia: Tendem a ignorar os sentimentos dos outros, focando apenas em suas próprias necessidades, o que prejudica suas relações.
2. Mecanismos de Defesa:
• Desvalorização: Para manter sua imagem, o narcisista desvaloriza os outros quando não atendem às suas expectativas.
• Idealização e Desvalorização: Inicialmente, podem colocar alguém em um pedestal, mas logo depois, se essa pessoa falhar, é rapidamente desvalorizada.
• Projeção: Em vez de reconhecer suas próprias falhas, o narcisista projeta-as nos outros.
3. Origens do Narcisismo:
Há duas vertentes a genética e a resposta ao trauma.
Frequentemente, o narcisismo tem raízes na infância, com pais excessivamente críticos ou indulgentes, o que gera uma visão distorcida de si mesmo no adulto.
Estudos comprovam que além do trauma há um forte componente genético. Herdado de pais narcisistas e/ou codependentes.
4. Impacto nas Relações:
Narcisistas costumam explorar os outros para satisfazer suas necessidades, o que pode levar a relações abusivas ou desequilibradas. Em relacionamentos românticos, a dinâmica pode ser manipulativa e prejudicial.
5. A Busca por Controle:
Eles buscam controlar as pessoas ao seu redor para garantir que suas próprias necessidades sejam atendidas, utilizando manipulação emocional e outras táticas, como o gaslighting.
6. Tratamento:
Embora seja difícil tratar, abordagens terapêuticas como a psicoterapia psicodinâmica e a terapia cognitivo-comportamental podem ajudar a trabalhar a empatia e as inseguranças