11/05/2025
A mãe em mim que aprendeu com a filha em mim
Hoje, no silêncio da maturidade, percebo como a mãe que me tornei foi profundamente moldada pela filha que fui.Durante anos, critiquei minha mãe. Achava que sabia mais, que faria diferente, que faria melhor.Mas a vida — e a maternidade — têm um jeito sábio de nos ensinar com amor e verdade.
Foi quando me vi diante das mesmas dores, dilemas e decisões que ela enfrentou, que compreendi:minha mãe foi grande. Forte. Potente.Quanta grandeza!Fez tanto, com tão pouco. Deu conta de coisas que hoje, confesso, nem sei se eu daria.
Nesse caminho de reconhecer a mulher que me gerou, tornei-me, novamente, filha.E foi nessa entrega, nesse lugar de humildade, que pude enfim ocupar meu verdadeiro lugar de mãe:não a perfeita, mas a possível.A que acolhe a própria sombra, que se reconcilia com seus limites, e que ama do jeito mais inteiro que sabe e pode.
Neste Dia das Mães, celebro essa grandeza silenciosa e cotidiana de todas nós.E agradeço à minha mãe por tudo. E por, mesmo sem saber, me ensinar a ser quem sou.