
24/12/2023
Ontem em uma conversa com meu filho, ele levantou o seguinte questionamento:
-Mãe, como o João de Barro sabia como ele deveria fazer sua casa?
Eu disse a ele, que o passarinho tinha seu próprio instinto para saber como fazer.
Ele continuou me questionando:
-Será que antes dele ser chamado de João de Barro, ele era apenas João?
Isso, me fez pensar em algumas coisas, que me levou a responder a ele, que as coisas só existem quando damos nome a elas. Dar nome a uma emoção, sentimento, acontecimento é o que permite ao ser humano inserir tal evento na cadeia simbólica, o que implica que se possa fazer algo com aquilo que foi nomeado.
É justamente no momento que podemos dar nomes aquilo que está em nós, que ganhamos a possibilidade de lidar com isso, inseri-lo em uma representação colabora com a possibilidade de planos para manejar o impossível do irrepresentável e com isso encontrar saídas menos sofridas que traga alguma satisfação/prazer.