Psicólogo Pietro Ramos

Psicólogo Pietro Ramos Psicólogo Clínico

Ainda falando sobre o estudo do post anterior, os resultados apontaram que os casais que permaneceram juntos durante a t...
07/02/2024

Ainda falando sobre o estudo do post anterior, os resultados apontaram que os casais que permaneceram juntos durante a transição de gênero, relataram que o processo os levou a ter melhores relacionamentos.

Os pontos fortes relatados foram os responsáveis por esse resultado positivo. Além dos pontos citados no post, o estudo também incluiu amor incondicional, aceitação sem julgamentos, compromisso e segurança, respeito, flexibilidade, escuta honesta, humor, fluidez sexual e PACIÊNCIA.

É importante ressaltar que a maioria dos casais participantes eram brancos, ou seja, seria importante se os próximos estudos explorassem os outros recortes sociais como raça e etnia e suas influências no processo de transição de gênero em relacionamentos. Além disso, há a necessidade de maior representatividade de pesquisadores trans conduzindo os estudos futuros.

Em resumo, o estudo indica que, para muitos casais, apesar dos desafios presentes em qualquer relação, a transição de gênero pode fortalecer os relacionamentos quando fundamentada em valores como amor, aceitação e respeito mútuo.

Referência: Motter, B. L., & Softas-Nall, L. (2021). Experiences of Transgender Couples Navigating One Partner’s Transition: Love Is Gender Blind. The Family Journal, 29(1), 60-71. https://doi.org/10.1177/1066480720978537


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Para quem não sabe, além de psicólogo, sou um homem trans. Hoje me lembrei que mês passado completei 7 anos de transição...
22/09/2023

Para quem não sabe, além de psicólogo, sou um homem trans. Hoje me lembrei que mês passado completei 7 anos de transição hormonal e decidi compartilhar e refletir um pouco sobre minha experiência pessoal desde o início, creio que muitos transmasculinos poderão se identificar com algumas questões. Antes de tudo, quero deixar claro que cada jornada é única e não existe um “jeito” certo de ser uma pessoa trans, mas alguns desafios podem ser semelhantes para alguns.

Primeiro de tudo: dentro de suas condições, tente buscar profissionais que sejam competentes e respeitosos, sei que não é uma tarefa fácil, é um momento que causa muita ansiedade e medo do que pode acontecer em um atendimento. Quando iniciei, numa cidade do interior, por indicação de um professor na época, encontrei meu primeiro psicólogo. Costumo dizer que, se não fosse a terapia naquela época, eu não estaria aqui hoje. Era um cara cisbranco, mas se dispôs a aprender comigo tudo o que eu precisava saber sobre transexualidade. Somente depois de um ano em terapia que eu decidi iniciar a transição, pois eu queria entender, antes de tudo, o que significaria me hormonizar, ser um cara trans numa sociedade transfóbica, me preparar para os desafios que viriam e etc.
Além dele, fui acompanhado por uma endocrinologista maravilhosa, que é a segunda especialidade mais importante para o início da transição. Nessa época, eu tive o privilégio de fazer todo o acompanhamento pelo plano médico, mas era empresarial, então quando saí do emprego, tive que buscar outros profissionais que fossem mais acessíveis.
Todo esse acompanhamento é imprescindível, mas nem todos terão condições para tanto. Por isso é importante lembrar que é nosso direito fazer a transição hormonal de graça pelo SUS, desde consultas, exames, hormônios e cirurgias.

Segundo: Paciência. Uma das coisas mais difíceis de lidar na transição, principalmente no início, visto que temos pressa de vermos os resultados surgindo, o primeiro pêlo no rosto, a garganta coçando enquanto a voz vai mudando gradualmente, a cintura mudando com a redistribuição de gordura corporal, a ansiedade de esperar a próxima dose, mudanças + cont. nos comentários

Letramento é um conceito que vai além da simples habilidade de ler e escrever, envolvendo uma compreensão crítica das re...
21/09/2023

Letramento é um conceito que vai além da simples habilidade de ler e escrever, envolvendo uma compreensão crítica das representações de gênero na linguagem escrita e oral. O letramento de gênero busca promover a conscientização sobre as questões de gênero, as desigualdades de gênero e as normas sociais relacionadas ao gênero por meio da educação e da análise de textos e mídia.
Para alcançar o letramento de gênero, as pessoas precisam aprender a identificar estereótipos de gênero, preconceitos, discriminação e representações desiguais de homens e mulheres em textos escritos, mídia, literatura e outros meios de comunicação. Também envolve promover a igualdade de gênero, a diversidade e a inclusão nas representações linguísticas e textuais.
Ao dominarmos o letramento de gênero, podemos desafiar estereótipos prejudiciais que perpetuam desigualdades, fomentar a empatia e a compreensão entre diferentes identidades de gênero, construir relacionamentos mais saudáveis e equitativos, bem como contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária.

🌈

🌈 Terapia de Apoio LGBTQIAP+: Novas vagas sociais Disponíveis! 🌈As vagas sociais são oferecidas para democratizar o aces...
23/08/2023

🌈 Terapia de Apoio LGBTQIAP+: Novas vagas sociais Disponíveis! 🌈

As vagas sociais são oferecidas para democratizar o acesso e o cuidado à saúde mental de pessoas que fazem parte dessa população historicamente marginalizada. Na vertente social, os atendimentos são pagos, mas o valor será de acordo com a situação socioeconômica de cada um.
Agende agora e priorize sua saúde mental. 🏳️‍🌈

Psicólogo Pietro Ramos
CRP 06/175685



Estou extremamente grato pelo convite e pela oportunidade de falar/ouvir/pensar sobre estratégias de enfrentamento ao Ci...
29/04/2023

Estou extremamente grato pelo convite e pela oportunidade de falar/ouvir/pensar sobre estratégias de enfrentamento ao Cistema.
Eu morei em Rio Preto antes da pandemia e tive que vir embora (sem nada) quando tudo fechou. Voltar pra essa cidade como profissional, falando sobre minhas vivências pessoais e profissionais, foi muito significativo.
Estar rodeado de pessoas com quem me identifico, me trouxe uma sensação de pertencimento e segurança que eu nunca tinha sentido na vida. Isso só me mostrou ainda mais a importância de estarmos unidos na luta pela nossa própria existência.

Continuarei tentando abrir caminhos para nós por aqui e contem comigo para somar por aí.

Claro que há várias concepções sobre o que seria uma relação abusiva/saudável. Porém, apontei aqui as mais comuns e obse...
20/03/2023

Claro que há várias concepções sobre o que seria uma relação abusiva/saudável. Porém, apontei aqui as mais comuns e observáveis.
É notável que as relações estão durando cada vez menos e isso tem várias explicações que falarei nos próximos posts. Mas as características citadas sobre relacionamento abusivo são um dos grandes indícios dessa ocorrência.
Para que uma relação seja saudável e duradoura, é necessário que ambas as partes se sintam amadas, cuidadas, seguras para confiar um no outro e, principalmente, que haja respeito.
Entretanto, a desconfiança e a insegurança começa a fragilizar a relação, dando espaço para as consequências desses sentimentos, que seriam: o ciúme, o controle e vários outros, que vão desgastando o relacionamento.
Dessa forma, os laços vão se tornado obsoletos, o afeto começa a diminuir e pode ser que essa relação esteja fadada ao fim.

Me identifiquei! e agora!?

Tudo vai depender do contexto, do que é inegociável pra você, do quanto a relação já se desgastou e, principalmente em casos onde o desrespeito levou à violência psicológica/física.

Entretanto, se há o desejo de manter a relação, se os dois estão dispostos e se não chegou ao nível extremo citado acima, é possível através de terapia individual e/ou de casal, encontrar os meios necessários para voltarem a cuidar da relação.

Se você ou alguém está passando por isso, me mande uma mensagem para agendarmos uma sessão!

Fazer terapia também é um ato de autocuidado. Aprenda a construir relações mais saudáveis com os outros e com você mesmo...
06/11/2022

Fazer terapia também é um ato de autocuidado. Aprenda a construir relações mais saudáveis com os outros e com você mesmo.

Atendimento online para adultos, individual ou de casal

Psi. Pietro Ramos - CRP 06/175685

Dando continuidade na série sobre teorias relacionais. Essa é uma teoria bastante conhecida, a Teoria do Apego. Ela foi ...
03/11/2022

Dando continuidade na série sobre teorias relacionais.
Essa é uma teoria bastante conhecida, a Teoria do Apego. Ela foi desenvolvida por Bowlby, psicólogo e psicanalista inglês, nos anos 50 e 60, no qual ele cunhou esse termo. Ele estudou como eram as nossas dinâmicas dentro de relacionamentos monogâmicos e constatou que experiências traumáticas na infância, geram dinâmicas doentes amorosas.

Além disso, outro estudo apontou que há influência dos padrões de apego na escolha dos conjuges, pois são projetados os modelos de identificação da criança. Ou seja, a capacidade de amar e ser amado, está relacionada com os vínculos de apego construídos na infância.

Vamos aos modelos:

Apego seguro: Adultos com apego seguro tendem a ter facilidade de se abrirem para os outros, não ficam tão preocupados com o término do relacionamento, mantém equilíbrio entre proximidade e autonomia e, normalmente, possuem uma boa autoestima. (É um pouco óbvio de que a maioria das pessoas não fazem parte dessa categoria rs).
Ao contrário disso, temos o apego inseguro evitativo, no qual o indivíduo tem dificuldades em se aproximar e deixar que se aproximem dele, pois se sentem desconfortáveis com a intimidade, não dão tanta atenção às necessidades dos parceiros, estão sempre demonstrando uma necessidade de manter distância e, normalmente, usam estilos negativos nas resoluções de conflitos.
Já os adultos com apego inseguro – ansioso, se preocupam com a falta de proximidade, há um grande medo do abandono, mas ao mesmo tempo, um constante desejo de ser mais intimo das pessoas. Nesses casos, é comum o ciúme excessivo, tendência a submissão para serem aceitos e não abandonados e reagem às suas emoções de maneira exagerada.

Se identificou com algum? Ou mais de um?
É provável que, se vc está em um relacionamento, o outro faz parte de uma categoria oposta a sua e isso acarreta em alguns conflitos na relação.

No próximo post falarei um pouco mais sobre os exemplos desses padrões de apego na infância e como isso aparece nas relações adultas.

Dependência afetiva tem como um padrão de demandas afetivas insatisfeitas, que buscam ser supridas em relacionamentos in...
31/10/2022

Dependência afetiva tem como um padrão de demandas afetivas insatisfeitas, que buscam ser supridas em relacionamentos interpessoais. Para manter vínculos importantes, no qual há um apego excessivo, é comum que haja vários comportamentos extremos e nocivos a partir desse objetivo.

Fixar atenção e cuidados em uma relação é esperado em qualquer relacionamento saudável, porém, se não existe a possibilidade de nutrir sua própria autonomia, se seu estado emocional depende das atitudes do outro, se há uma imagem distorcida de si mesmo, no qual se vê como alguém merecedor de possíveis abusos para manter uma relação, é sinal de que ultrapassou o nível de apego saudável.

No carrossel citei alguns sinais que podem ser identificados a “olho nu”, embora haja certa dificuldade em enxergá-los dependendo do caso, visto que já se tornou um padrão relacional. Em terapia é possível reconhecê-los aos poucos, compreender o que os levou a se relacionar dessa forma e aprender novas maneiras mais saudáveis de lidar com seu próprio apego.

Na Psicologia, há várias teorias explicando o que leva os indivíduos a agirem de tal maneira, ou se submeterem a tais modelos de relações. Nos próximos posts, falarei mais sobre essas e outras teorias relacionadas ao apego e relacionamentos afetivos.

Caso tenha se identificado, saiba que a estrutura da nossa personalidade não é fixa, ela está em constante movimento. Ou seja, como citado acima, assim como você aprendeu a se relacionar dessa maneira, também poderá aprender outras maneiras mais saudáveis.

Me acompanhe para mais posts sobre!

É totalmente compreensível que a comunidade lgbtqiap+ internalize as mensagens negativas às quais é exposta durante toda...
31/10/2022

É totalmente compreensível que a comunidade lgbtqiap+ internalize as mensagens negativas às quais é exposta durante toda sua construção como sujeito. Alguns sentimentos não são perceptíveis, ou seja, ainda não foram trazidos à consciência, porém, eles resultam dos mecanismos de opressão social e, muitas vezes, são projetados pela pessoa de maneira negativa, o que é chamado de homofobia internalizada.

Todas essas manifestações clínicas podem variar de acordo com o grau de autoaceitação e autoreconhecimento da pessoa.

Em terapia, é possível identificar quais atitudes e comportamentos podem ter sido influenciados pela homofobia social, cultural e institucionalizada. Com isso, o processo terapêutico deve caminhar em busca de uma identidade mais autêntica, na reconstrução de uma autoestima pautada na autoconfiança, nos diferentes modos de ser e se colocar no mundo, e em possíveis ferramentas para lidar com todos os desafios permanentes de uma sociedade homofóbica.

O desenvolvimento de uma identidade lgbtqiap+ está intimamente relacionado com o processo chamado “assumir-se”, ou “sair...
31/10/2022

O desenvolvimento de uma identidade lgbtqiap+ está intimamente relacionado com o processo chamado “assumir-se”, ou “sair do armário”.
A sexualidade e a identidade de gênero são permeadas por construções sociais, históricas e culturais, no qual a heterossexualidade e a cisnormatividade são concebidas como naturais, ou seja, consequentemente, as outras formas são vistas como antinaturais, peculiares e anormais, resultando em estigmas, preconceitos e todas as outras formas de violência e repressão contra indivíduos lgbtqap+.
Para a maioria dos indivíduos, é importante auto afirmar-se para os amigos próximos, na escola, no trabalho e para a família (normalmente é a última fase), o que significa legitimar sua identidade e existência.
Então, o que representa sair do armário? Positivamente seria uma etapa importante para a autonomia do sujeito, maior percepção e aceitação de si, aumento da autoestima, liberdade e integridade, etc. Entretanto, dependendo do contexto social, cultural, familiar e religioso em que o indivíduo está inserido, esse processo pode acarretar em fatores negativos, como discriminação, manifestações preconceituosas por parte da família, violência psicológica e/ou física, isolamento social etc.
É importante que haja uma rede de apoio consolidada que forneça acolhimento, suporte, aceitação incondicional e, principalmente apoio psicológico, seja por meio de psicoterapia, projetos sociais, amparo jurídico ou até mesmo a solidariedade de amigos e familiares.
Respeite e acolha seu processo de autoaceitação, reconhecimento e compreenda o que representa pra VOCÊ o ato de assumir-se e todas as suas implicações, positivas e negativas.

A não-binariedade se refere a não conformidade com o binário homem/mulher, podendo ser os dois, nenhum, outros gêneros, ...
31/10/2022

A não-binariedade se refere a não conformidade com o binário homem/mulher, podendo ser os dois, nenhum, outros gêneros, ou fluir entre eles. Vale ressaltar que não há nenhuma relação com a orientação sexual.
Aqui, trecho do poema “Ou isto ou aquilo”, de Cecília Meireles, faz alusão ao processo de reconhecimento identitário, no qual busca-se subverter o binarismo.
Esse processo rompe com as normas de gênero e com as oposições binaristas, criando novas possibilidades de existência e resistência perante a cisnormatividade.
Se reconhecer enquanto uma pessoa NB pode trazer uma sensação de estranhamento e não pertencimento aos olhos da sociedade. A isso, um amigue deu o nome de “Não-lugar”, porém, elu se sente confortável transitando, se posicionando (ou não) nesse lugar particular.
Há uma musica do Caetano que me remete a isso e cabe a reflexão sobre o chamado “corpo errado”:
Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho

Logo, esse corpo, que também pode ser visto como um espaço político, um espaço no qual lutas são travadas, pode ser um lugar de opressão, mas também pode ser de resistência, enunciação e manifestação (PRECIADO).

Irmão, você não percebeuQue você é o único representanteDo seu sonho na face da terraSe isso não fizer você correr, chap...
31/10/2022

Irmão, você não percebeu
Que você é o único representante
Do seu sonho na face da terra
Se isso não fizer você correr, chapa
Eu não sei o que vai

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Araçatuba, SP

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