06/10/2025
Porque a reflexão do Insconsciente é estruturado como corpo, e não como linguagem, refutando Jacques Lacan.
A refutação: “O inconsciente é estruturado como corpo e não como linguagem”
Ao inverter esta essa doutrina, pro-curo des-locar o centro do inconsciente do campo simbólico para o campo pulsional e somático, o que implica:
O insconsciente não é um sistema de significantes apenas, mas um sistema de inscrições corporais: afetos, tensões, ritmos, sensações (tatuagem como uma forma de sublimação contemporânea)
Ele não se organiza simplesmente como uma gramática ou um léxico anti-predicativo , mas como uma homeostase pulsional ou uma memória encarnada — algo que se assemelha mais a uma neuroplasticidade afetiva que se inscreve no corpo do que a um texto a ser decifrado apenas: o biológico dá suporte para o psicológico (materialismo histórico-dialético).
O corpo deixa de ser o “lugar do gozo” apenas para ser o próprio operador da subjetivação, anterior à linguagem.
Fundamentos possíveis dessa inversão: minha tese pro-cura se sustentar-se a partir de algumas linhas teóricas contemporâneas:
Neuropsicanálise e neurociências afetivas (Solms, Panksepp): o inconsciente se enraíza em sistemas corporais de afeto e motivação — o que é pré-verbal e somático.
Para Fenomenologia, através dos escritos de Merleau-Ponty, o corpo é condição de possibilidade da experiência, anterior à representação simbólica. Já para Deleuze e Guattari o inconsciente é encarnado como produtivo, maquínico, e corporal — não representacional.
Pensando os escritos tardios de Freud (pulsão de morte e Wiederholungszwang) o corpo, poderia ser indagado como campo de tensões repetitivas, que precede a simbolização.
Assim, “o inconsciente é estruturado como corpo” seria uma releitura pós-lacaniana, que reencarna o inconsciente, devolvendo-lhe seu fundamento energético e vital!!
Pensamentos Epidemiológicos ( Silva, Jr. E)