14/06/2025
É difícil e doloroso aguentar as birras, manhas, choros, palavras grosserias e caras feias dos filhos. Como pais, tentamos proteger nossos filhos e diante da menor possibilidade de sofrimento que possa surgir em suas vidas temos o instinto de fazer tudo para evitar que os nosso filhos se frustrem.
Todavia, nós, adultos, passamos por diversas ocasiões negativas no dia a dia e nos deparamos frequentemente com um “não”. Ou seja, em algum momento aprendemos a aceitar as implicações da rejeição e seguir em frente sem maiores problemas.
Não é fácil dizer não para as crianças. Muitas vezes isso resulta em choro, raiva, lágrimas. Mesmo não sendo fácil, o”não” sempre virá! Se não for em casa, será em outro contexto. Dessa forma, lidar com essa frustração em um ambiente seguro e acolhedor é o primeiro e mais suave aprendizado de como enfrentar o mundo de um modo maduro e equilibrado.
A criança começa a entender que há limites a serem aceitos, aprende-se também a superar a raiva ou tristeza inicial e se reerguer após a decepção.
Quando o “não” é tratado com naturalidade pelos pais, os filhos crescem compreendendo sua necessidade e percebendo que não há nada de errado com esse tipo de resposta, e f**a muito mais fácil reproduzir o comportamento fora de casa, tornando-se uma pessoa segura, confiante e sociável.
Negar algo para a criança não signif**a que você deve ser ríspido ou que ela deve ter medo de você. O “não” deve ser feito com base em uma decisão consciente e racional.
Quando dito da forma correta, porém, longe de abalar o amor dos filhos pelos pais, o “não” , inclusive, fortalece esse laço. Mesmo sendo clichê, dizer Não é sim, um ato de amor!
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Dra. Glaise Franco
Psiquiatria da Infância e Adolescência
RQE 1455