18/06/2024
Muitas vezes, deparamos com situações onde não sabemos o que fazer para acolher o outro em sua dor e isso nos faz sentir frustrados, inúteis, como se não conseguíssemos ajudar em nada. ⠀
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Venho com essa postagem propor uma reflexão e um caminho.⠀
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Nossa cultura lida muito mal com a tristeza! Este é um sentimento que não aprendemos a lidar de maneira saudável! Ele assusta, dói, é como se nos consumisse por dentro! Assim, nossa primeira reação é a negação, especialmente não se permitindo entrar em contato com ele.
O mesmo fazemos na tentativa de apoiar alguém ao dizer: “não chore, não fique triste, jogue essa tristeza fora!”⠀
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Contudo, proponho o contrário: escute a tristeza! Sente com ela, bata um papo, que mensagem ela traz? A tristeza, ao chegar, vem acompanhada da introspecção, da reflexão, tão necessárias para o autoconhecimento.⠀
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Deixe que ela venha, respire, chore, escreva, desenhe, chore mais, escute a si – sem culpa - e busque terapia quando perceber que o apoio será bem vindo.⠀
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E, se você está ao lado de uma pessoa que esteja triste, deixe ela vivenciar esse sentimento e (aí vai a dica) pergunte: “como posso te ajudar agora”? Ou “o que eu poderia dizer/fazer, que faria com que você se sentisse melhor?”⠀
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A ansiedade em suprimir a dor do outro (muitas vezes por ela ser um gatilho para nós), tira dele a capacidade de olhar para si e se conectar com as necessidades daquele momento.⠀
Parece que ao “só” escutar, estamos a fazer nada! Mas quantas pessoas têm o privilégio de ter alguém que “apenas” a escute, sem críticas, julgamentos, rótulos, opiniões? ⠀
Aquela escuta límpida, acompanhada do olhar atencioso e de um abraço com os dizeres: “estou aqui, conte comigo”.⠀
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Em suma: converse com a tristeza, permita que o outro a sinta e deixe que ele escolha a maneira como gostaria de ser ajudado por você.⠀
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Fazemos muito ao permitir que o outro sinta, a escutar e ser presença, mesmo que no silêncio de um abraço!❤️