02/12/2024
Hoje completo 40 anos.
Uma idade que parece carregar peso, signif**ado, retrospectiva. Mas, para mim, este aniversário é diferente. É o primeiro sem minha mãe. A ausência dela ecoa de um jeito que não consigo descrever. Sempre achei que, com o tempo, as perdas se tornassem menos intensas, mas hoje percebo que a saudade só muda de forma.
Decidi viajar, me afastar do óbvio, me desconectar do mundo para me reconectar comigo mesmo. É como se os 40 fossem um marco, um ponto de virada que exige reflexão. Uma espécie de balanço entre o que já foi e o que ainda pode ser. E, no silêncio dessa viagem, percebo o quanto aprendi, o quanto mudei, e o quanto ainda sou feito das pessoas que amo, mesmo que elas não estejam aqui fisicamente.
Estar longe tem me ensinado sobre presença. Mesmo à distância, as pessoas que amo continuam sendo parte de quem sou e, me vejo mais próximo delas do que imaginei. Porque o amor tem essa força: ele atravessa o tempo, a ausência, e nos lembra de que nunca estamos realmente sozinhos.
A jornada até aqui foi cheia de amor, aprendizados, dores e conquistas. E, apesar da saudade e da distância, me sinto grato. Grato pela história que escrevi, pelas pessoas que carrego no coração e, acima de tudo, por ter a oportunidade de recomeçar, de me reinventar, de continuar.
Fazer 4.0 é um marco que me desafia e me inspira. É um momento de olhar para trás, agradecer pelas dores que me moldaram, pelas alegrias que me sustentaram, e pelas pessoas que me fizeram quem sou. Mas é também um momento de olhar para frente. Porque, apesar das perdas, a vida continua me chamando para viver, para ser mais, sentir mais, amar mais e eu escolho atender a esse chamado com toda a saudade e gratidão que carrego. Que venham os próximos anos ainda mais intensos, mais verdadeiros, mais conectados com aquilo que realmente importa. Afinal, a vida é breve, mas cabe nela tudo o que tivermos coragem de colocar. Hoje celebro, mesmo com lágrimas nos olhos, porque sei que viver é o meu maior presente.