
07/04/2025
Ser psicólogo é mais do que ouvir o outro, é deixar-se tocar por aquilo que é dito, por aquilo que é silenciado, por aquilo que escapa às palavras,
É estar disponível, não apenas com a técnica, mas com presença, com sensibilidade e com humanidade, é um ofício que exige preparo, mas também exige coragem: coragem para sustentar o sofrimento do outro e, ao mesmo tempo, reconhecer quando ele reverbera em nós!
O afeto de ser afetado é, nesse contexto, um movimento inevitável,
Todo encontro clínico é uma troca: o psicólogo acolhe, escuta e sustenta, mas também sente, é atravessado, é tocado,
Essa troca não enfraquece a prática, ao contrário, a fortalece …
Permitir-se ser afetado é reconhecer que não somos neutros, que somos também sujeitos em constante transformação,
O afeto de ser afetado é o que humaniza o psicólogo, é a escuta que não se fecha, o olhar que não julga, a presença que não se ausenta.
E é nesse afeto delicado, ético, cuidadoso que reside a potência do encontro terapêutico!