Dra. Roberta Basile

17/09/2025

🐾 Autismo em cães: o que a ciência já sabe? 🔬 Pesquisas sugerem que alguns cães podem apresentar comportamentos semelhantes ao espectro autista humano. Alterações no desenvolvimento neurológico, como hipoplasia ou agenesia do corpo caloso e deficiência de neurônios-espelho, são possíveis explicações. Assim como nos humanos, os sinais incluem déficits de interação social (evitam contato visual, pouco afeto), comportamentos repetitivos (girar em círculos, lamber compulsivamente) e hipersensibilidade sensorial. 🐕 Clinicamente, podem apresentar estereotipias motoras, dificuldade de aprendizado, ansiedade diante de mudanças e até agressividade sob estímulo intenso. 🧪 O diagnóstico é clínico, baseado no histórico, exclusão de outras doenças neurológicas e metabólicas, além de exames avançados como a ressonância magnética, que podem evidenciar atrofia ou agenesia do corpo caloso. 💊 O controle envolve ansiolíticos, antidepressivos ou anticonvulsivantes quando necessário, sempre sob orientação veterinária. Também é essencial o manejo ambiental com rotina previsível, redução de estímulos estressantes, enriquecimento ambiental e reforço positivo. ✨ Esses cães merecem acolhimento, manejo adequado e cuidado especial. 📚 Referências : PIRRONE, F. et al. Could Autism Spectrum Disorders in Dogs and Cats be Modeled after Humans? Journal of Veterinary Behavior, v. 11, n. 1, p. 1-7, 2016.

09/09/2025

09/09/2025

Ser veterinário é ter a honra de cuidar de anjos.

19/08/2025

Por leis mais severas, por mais fiscalização nas cavalgadas, pela conscientização do mundo equestre, por justiça. .brunolima

19/08/2025

Embraer Flight Test Dream Team em 2003.

24/07/2025

🧬💪 Hormônios do Exercício: o poder oculto dos músculos!

Você sabia que os músculos não são apenas estruturas de movimento? Hoje, a ciência já reconhece que as fibras musculares são verdadeiras glândulas endócrinas! Durante a atividade física, elas produzem hormônios chamados miocinas – moléculas mensageiras com efeitos poderosos em todo o organismo.

🐕🐎 Em cães e cavalos, estudos mostram que o exercício estimula a liberação de miocinas como:

🔹 Irisina – estimula a queima de gordura, melhora o metabolismo e protege o cérebro contra processos neurodegenerativos.
🔹 IL-6 (Interleucina-6) – quando liberada pelo músculo, tem ação anti-inflamatória e fortalece o sistema imune.
🔹 BDNF (Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro) – favorece a neuroplasticidade, contribuindo para o aprendizado e o equilíbrio emocional.

📈 O impacto?
✔️ Mais longevidade
✔️ Menos dor crônica
✔️ Controle de doenças metabólicas
✔️ Bem-estar físico e mental

✨ O movimento cura. Caminhadas regulares com seu cão, exercícios físicos controlados para cavalos, fisioterapia ou reabilitação ativa não servem apenas para fortalecer músculos — eles ativam a farmácia interna do corpo!

18/07/2025

🦴✨ Osteoartrite: o “desgaste” que vai além do envelhecimento

Você sabia que osteoartrite (OA) não é apenas “um problema de velhice”? 🐾 Essa doença articular é progressiva e inflamatória, podendo afetar cães e gatos jovens também, especialmente após lesões ou sobrecarga nas articulações.

👎 O que acontece?
Na OA, a cartilagem que protege os ossos das articulações se desgasta, causando:
✅ Dor crônica
✅ Rigidez
✅ Dificuldade de movimentação
✅ Perda de qualidade de vida

💡 Sinais de alerta no seu pet:
🐕 Reluta para levantar ou subir escadas
🐈 Diminuição na frequência de pulos
🐾 Claudicação (manqueira)
😿 Mudança de comportamento, como irritação ou isolamento

🎯 Tratamento multidisciplinar é a chave!
✔️ Controle da dor e inflamação
✔️ Terapias que restauram o metabolismo articular como os pentosanos polissulfatados
✔️ Terapias inovadoras como shockwave, ácido hialurônico e PRP
✔️ Fisioterapia com equipamentos
✔️ Exercícios terapêuticos

❤️ Diagnóstico precoce muda tudo e nem sempre somente o rx é capaz de detectar! Procure um veterinário se notar algum sinal. Vamos devolver conforto e qualidade de vida ao seu amigo! 🐶🐱

📩 Tem dúvidas? Me mande uma mensagem!

05/07/2025

MINDFULNESS E DOR EM ANIMAIS
As intervenções baseadas em Mindfulness têm sido alvo de inúmeras pesquisas e evidências científicas nos últimos anos, com resultados cada vez mais positivos no âmbito da saúde. No Brasil, apesar da crescente expansão, os estudos sobre o assunto ainda são considerados escassos. A palavra mindfulness, do budismo sati, pode ser traduzida de forma livre para o português como “atenção plena” ou “consciência plena” (DEMARZO; CAMPAYO, 2015).
Diversos estudos demostram a eficácia no tratamento de uma série de condições clínicas, incluindo ansiedade, depressão, transtornos alimentares e dor crônica. Além disso, atividades que envolvem concentração e atenção plena influenciam positivamente aspectos de saúde física, incluindo a melhora da função imunológica, redução da pressão sanguínea e dos níveis de cortisol (LOPES et al, 2019).
Já em 2003, Baer revisou vários estudos apontando que a prática da atenção plena promove neuroplasticidade e atua como uma intervenção benéfica diante da minimização dos quadros álgicos, bem como possui interferência positiva em muitas outras enfermidades.
Em medicina veterinária, pode-se adequar os conceitos de prática de atenção plena para exercícios que exijam a atenção dos pacientes, como exercícios que exigem certo grau de habilidade e/ou concentração. Aplica-se isso em atividades com o uso de bolas, feijões e placas proprioceptivas no caso dos cães, em que além de se trabalhar o fortalecimento isométrico é possível exigir concentração para o equilíbrio; uso de hidroterapia com turbulência e aquecimento aliado às terapias manuais, em que se promove alto grau de relaxamento nos pacientes, e a aplicação de atividades de ginástica funcional com obstáculos, em que se exige habilidades de coordenação motora, concentração e condicionamento aeróbico.
Em equinos, é possível o uso de hidroesteiras e atividades de ginástica funcional em pista, com exercícios geralmente diferentes daqueles que os pacientes estão habituados a fazer em seus treinos, de forma a promover desafio, concentração e desenvolvimento de novas habilidades, ou seja, neuroplasticidade.
Dra Roberta Carvalho Basile
Médica Veterinária
CRMV/SP 31.852