18/05/2024
Carl Rogers, ao discutir o significado de tornar-se pessoa, aponta para algumas características que emergem pensando no processo psicoterapêutico e nesses apontamentos nos quais realiza, nos fala sobre a vivência do sentir, assim diz:
É realmente a descoberta de elementos desconhecidos do eu. O fenômeno que estou tentando descrever é algo que acho bastante difícil de ser transmitido de alguma maneira que faça sentido. Em nossas vidas cotidianas, há mil e uma razões para que não nos deixemos experienciar nossas atitudes plenamente, razões oriundas de nosso passado e do presente, razões que residem na situação social. Experienciá-los livre e plenamente parece perigoso, potencialmente prejudicial. Porém, na segurança e liberdade da relação terapêutica, eles podem ser vivenciados plenamente, claro que até o limite daquilo que são. Eles podem ser e são experiênciados de uma maneira que eu gosto de imaginar como uma "cultura pura", de modo que naquele momento a pessoa é seu medo, ou é sua raiva, ou é sua ternura, ou o que quer que seja.
Rogers, C. 1961, p.126.
Livro: Tornar-se pessoa.