
16/04/2024
Não existem evidências com relação a tempo de espera de bolsa rota relacionando a mais ou menos riscos.
Tampouco há seguramente na literatura uma definição de tempo máximo que se deva esperar para internação.
Dessa forma, é possível esperar em domicílio e acompanhar com a sua equipe assistente, em assistência individualizada, desde que a vigilância materno fetal seja realizada por Enfermeira Obstétra, adequadamente. Assim, há de se colocarem na balança, em decisão compartilhada, os (baixos) riscos de infecção ou os riscos inerentes à indução, qualquer que seja o método.
No entanto, se sua assistência for institucional e/ou se não houver vigilância técnica domiciliar até que se inicie o trabalho de parto espontâneo, cabe internação hospitalar, mesmo que sua opção seja a conduta expectante.
Cabe aqui ressaltar que, para mulheres com uma ou mais cesarianas prévias, vale a pena pensar com carinho em aguardar o TP espontâneo, dado que as opções para indução são mais limitadas e, especialmente, a depender de quem conduza, aumenta muito as chances de nova cesariana.
A única ressalva é para aquelas que não tenham feito rastreio de estreptococos (o swab, aquele exame do cotonete que não é indicado como rotina pelo Ministério da Saúde). Nesse caso, ela precisa iniciar antibioticoterapia via venosa, em ambiente hospitalar, tão logo as contrações do trabalho de parto estiverem mais próximas e regulares (fase ativa do trabalho de parto).
Independente da equipe que acompanha a gestação e do tempo que foi combinado para esse tipo de caso, se a mulher não estiver segura com a espera, a partir de 24 horas é razoável internar e induzir.
Nesse caso, um bom pré-natal fará toda a diferença na escolha da gestante, dado que informação de qualidade permite que ela se sinta segura, confiante e tome suas decisões sem tanto medo (e terrorismo), protegida dos mitos que a cercam.