20/11/2023
Definimos como CONJUNTIVITE quando ocorre uma inflamação da conjuntiva (parte mais superficial do branco do olho), reconhecida, na maioria das vezes, pelo olho vermelho.
Além do olho vermelho, o paciente pode apresentar lacrimejamento, ardência, coceira e sensação de areia nos olhos, com secreção que pode variar em cor e quantidade de acordo com a causa.
As conjuntivites virais são o tipo mais comum, destacando-se as provocadas por adenovírus, enterovírus, coxsackie, poxvírus, herpes e até coronavírus (eventualmente ocorrem em concomitância de sintomas de infecção de vias áreas superiores, como coriza e tosse).
São altamente contagiosas e a transmissão ocorre através do contato direto da pessoa contaminada ou de objetos que essa pessoa tenha tocado sem cuidados de higienização; por isso é importante o afastamento por 5 a 7 dias das atividades para evitar contaminar outras pessoas.
Por ter uma evolução auto-limitada, o tratamento é baseado em medidas gerais de higiene ocular, compressas frias e uso de lubrif**antes.
Em geral, não há evidência científ**a que outras medicações como antialérgicos, anti-inflamatórios e antissépticos diminuam o tempo de sintomas, gravidade do caso ou risco de complicações, sendo o seu uso optativo de acordo com a experiência do médico oftalmologista, que analisará caso a caso.
Em raros casos, pode evoluir com complicações como inchaço das pálpebras, pequenas hemorragias subconjuntivais (pontos vermelhos no “branco” do olho) e até a formação de pseudomembranas (infelizmente foi o que aconteceu com a Tia Mari), em que há adesão da secreção na parte interna das pálpebras e que necessitam ser retiradas e tratadas com colírios a base de corticoide para não evoluírem com complicações mais graves.
✳️Importante ressaltar, que nem todo olho é conjuntivite!!! Uveíte e glaucoma são doenças oculares graves que também provocam vermelhidão ocular; por isso mesmo que toda alteração ocular merece avaliação do especialista, o oftalmologista.