10/09/2025
Levanta essa cabeça, mulher. Se até a Samara, com aquele cabelo digno de xampu vencido, a cara da derrota e um figurino que grita “abandono”, conseguiu sair do fundo do poço, por que a gente não conseguiria? Pois é. O poço tenta, a vida empurra, o caos aplaude… mas a gente sobe. Sempre sobe.
Porque mulher é assim: leva tombo, leva rasteira, cai no breu e, em vez de desistir, começa a planejar a subida com aquele olhar irônico de “espera só pra ver”. Enquanto a Samara saiu do poço pra assustar a galera, a gente sai pra mostrar que nada, nem ninguém, manda na nossa história. O fundo do poço não é castigo, é escola. É ali que nasce aquela força raivosa, debochada e gloriosa, que olha pra cima e diz: “A vida achou que ia me enterrar? Pois segura minha bolsa.”
E não, não é sobre sair intacta, de maquiagem perfeita e salto firme. Às vezes, a gente sai descabelada, maquiagem borrada, com cara de vilã de novela mexicana. Mas sai. Sai rindo, sai sarcástica, sai mais poderosa do que entrou. Sai tão incrível que até a própria Samara ficaria com inveja. Porque sair do poço é mais que superação — é ato de rebeldia, é risada na cara da tragédia, é transformar ferida em cicatriz brilhando na luz do sol.
E no fim, o poço? Coitado. Sempre subestimando quem nasceu pra desafiar a gravidade.