01/10/2024
O envelhecimento é algo esperado e natural do ser humano, mas a forma como esse processo é visto e vivido depende de cada um.
Sabemos que esse período é demarcado por muitas mudanças, desde as físicas funcionais e psicossociais, como alterações sensoriais, declínio cognitivo, aposentadoria. E que na maioria das vezes, o olhar sobre a velhice se limita como um momento de desinvestimento da vida.
Embora se manifestem de maneiras diferentes, em cada fase do desenvolvimento há perdas, mas sempre acompanhadas por novas aquisições e adaptações. O tempo e a forma como cada ser vai vivenciar esses períodos é particular, resultando em um ser humano singular e único.
Portanto, remeter esse momento como um desinvestimento e também pela sensação de que o tempo é curto para experimentar novos caminhos e não se permitir sonhar, a vida realmente vai perdendo a cor, e esse período acaba não sendo visto como mais um momento de recomeço e sim de finitude.
Para a vida continuar sendo prazerosa, é preciso se acolher e continuar desejando, e esse acolhimento deve vir da sociedade, do meio em que esse idoso está inserido, para que depois ele mesmo possa se reconhecer e acolher nesse processo da vida.
Por isso precisamos validar cada vez mais esse período e pensar em estratégias que possam colaborar na reinserção do idoso à sociedade de forma significativa, promovendo uma vida mais ativa e gratificante.
Psicóloga Rebeca Z. Morais
CRP 06/150556