
25/06/2025
A gente passa a vida tentando evitar riscos.
Evita mudar de cidade, de trabalho, de relacionamento, de ideia. Evita falar sobre o que importa, evitar sair da zona de conforto, evitar até sentir. Como se existisse um jeito 100% seguro de viver.
Mas o risco está sempre ali, mesmo quando tudo parece estável. Você pode fazer tudo certo, seguir as regras, e ainda assim as coisas escapam do nosso controle. O imprevisto não avisa. A vida não tem manual.
O risco não está só nos grandes saltos. Ele está no simples fato de existir. Você pode atravessar o mundo ou atravessar a rua.. e ainda assim, estará vulnerável.
A diferença é que algumas pessoas decidem viver apesar disso. Outras passam a vida tentando se proteger de tudo… e, no fim, acabam se afastando da própria vida.
Viver é ser vulnerável o tempo todo. Cada escolha, por menor que pareça, tem seu risco — não existe garantia, nem esconderijo seguro contra a incerteza.
E é essa exposição que dá sentido a vida.
No fim, o que importa é fazer escolhas conscientes, sabendo que nem tudo está sob nosso controle, e aceitar que o que faz sentido para você pode ser diferente do que faz para o outro.
Viver é assumir a vulnerabilidade, escolher com coragem e respeitar a caminhada de cada um.
Porque, no fundo, o risco é a vida em sua forma mais pura — e só quem aceita isso pode, de fato, viver.