23/11/2025
Ainda sobre o Protagon de Porto Alegre…
Um evento marcado pela força e pela alta energia dos alunos desde o primeiro dia. Que honra, de verdade, foi poder servir os gaúchos como instrumento de cura. Foram dias leves, emocionantes, divertidos, cheios de risadas, infinitas gravações de conteúdo para o , novas amizades, trocas profundas, conexões e reconexões.
Sempre falo que é impossível voltar sendo a mesma pessoa. E, mais uma vez, isso se confirmou. Ciclos se despediram, novos ciclos chegaram… e eu pude sentir, na pele, o quanto seguimos sendo lapidados pela vida. E como essa lapidação dói… e cura… ao mesmo tempo.
Eu, que imaginei voltar com tudo “organizado”, me vi chegando em casa com a mente completamente bagunçada, tentando digerir o caminhão de informações que recebi faltando exatamente duas horas para acabar o evento.
Como é importante estar com o copo vazio. Porque só quando nos esvaziamos das certezas, das expectativas e das fórmulas prontas que nós mesmas criamos é que realmente conseguimos receber o que precisa ser entregue. É quando abrimos espaço para o novo entrar.
E, no meio de tudo isso, existe algo que ainda me atravessa com força: ser vulnerável. Admitindo que, por trás da força, existem partes nossas que tremem, que duvidam, que questionam. Permitindo que o mundo nos veja sem as armaduras. Aceitando que existe beleza no que é real, humano e imperfeito.
Foi nesse processo de cura que compreendi algo que a gente esquece com facilidade: soltar o controle também é um ato profundo de coragem. É permitir que a vida nos conduza por caminhos que talvez nunca escolheríamos sozinhas.
Mas soltar o controle não é paralisar. É agir com presença. É escolher se mover mesmo com medo. É dar passos mesmo sem enxergar o caminho inteiro. A vida pede coragem para soltar, mas exige responsabilidade para caminhar.
Ainda bem reflexiva, mas com a certeza de que aquilo que a vida nos entrega, em meio ao seu mistério, às suas chegadas e despedidas, pode ser infinitamente mais verdadeiro, profundo e transformador quando a gente decide se mover com ela, e não contra ela. ✨