31/01/2019
O teste de Biering-Sorensen é o teste mais utilizado para avaliar a resistência estática dos músculos extensores da coluna. Ele ficou conhecido após a publicação de um estudo em 1984, onde foi identificado que homens com menor performance no teste tiveram maior propensão a desenvolver dor lombar no ano seguinte.
📍No geral, o teste possui boa reprodutibilidade, porém sua validade é questionável. 🤔
📍 Seu valor preditivo para dor lombar (DL), ou seja, sua capacidade de identificar indivíduos com maior risco de desenvolver DL é contraditória. Alguns estudos demonstram um valor preditivo positivo, mas outros não.
📍Em muitos estudos, os pacientes com dor lombar crônica (DLC) apresentam menor desempenho no teste. Porém, existem alguns estudos onde este achado não foi encontrado, ou mesmo, em que os pacientes com DLC tiveram melhor desempenho do que os controles.
📍Além disso, é assumido que fatores individuais e psicossociais (motivação, cinesiofobia, medo da dor, etc) podem influenciar seu resultado. Ou seja, o desempenho no teste, não necessariamente, representa a real capacidade de resistência dos músculos eretores.
📍Também é discutida a influência dos extensores do quadril no desempenho do teste.
📍Bom desempenho no teste (mais de 60s) parece ser um preditor para que indivíduos com DLC de origem mecânica possam se beneficiar de um programa de reabilitação utilizando exercícios de deadlifit. Porém, isso foi testado em apenas um estudo com 35 indivíduos e precisa ser melhor explorado.
Minha conclusão 🤓:
O teste de Sorensen não deve ser utilizado como um teste para identificar indivíduos com maior risco de desenvolver DL. Porém, apesar de possuir algumas limitações, é um teste simples e prático que pode ser utilizado na prática clínica, principalmente, como uma ferramenta de avaliação pré e pós-intervenção.