Psicóloga Paloma Lisboa Francisquini

Psicóloga Paloma Lisboa Francisquini Psicóloga clínica - CRP 06/176315
Atendimentos online para adultos - Psicologia Clínica

A saúde está ligada ao modo em que a sociedade é organizada.Ou seja, não adianta nos movimentarmos se o meio externo não...
04/05/2023

A saúde está ligada ao modo em que a sociedade é organizada.

Ou seja, não adianta nos movimentarmos se o meio externo não promove possibilidades de nos desenvolvermos e criarmos.

Precisamos lembrar que é urgente a luta por um sistema que permita o desenvolvimento das nossas necessidades.

Já pensou em quanto tempo para nossas atividades teríamos se a carga horária de trabalho fosse de no máximo 6 horas diárias? E se houvesse pessoas o suficiente para realizar o trabalho e não precisássemos realizar as tarefas de 2 ou 3 porque não há gente o suficiente? (Ou porque não se visa mais o lucro e a alta produtividade, mas sim o necessário e a qualidade). Então... Já pensou?

Se cuida!

Paloma Lisboa Francisquini | CRP 06/176315 🏳️‍🌈



Muito do sofrimento mental pode estar associado a uma vivência não cisheterossexual em uma sociedade heteronormativa.Viv...
09/03/2023

Muito do sofrimento mental pode estar associado a uma vivência não cisheterossexual em uma sociedade heteronormativa.
Vivemos em um sistema de ideologias que tem intenção de calar aqueles que fogem dele e que, sim, mata e violenta diariamente aqueles que são diversos à norma.

Recusar o heterossexismo e abraçar o q***r é resistência. Na psicoterapia afirmativa temos um espaço para isso.

Paloma Lisboa | CRP 06/176315 🏳️‍🌈

***r 🌈

"Como resultado do avanço do capitalismo, o desenvolvimento da produção material trouxe simultaneamente consigo a divisã...
09/10/2022

"Como resultado do avanço do capitalismo, o desenvolvimento da produção material trouxe simultaneamente consigo a divisão progressiva do trabalho e o crescente desenvolvimento distorcido do potencial humano" (Lev Vigotski).

O trabalho, como configurado hoje (alienado), é adoecedor: exigência de produtividade, autogerência, meritocracia, nós como empresas e empresárias de nós mesmas. Um trabalho sem sentido, sem vontade. Imposto para que se possa ter acesso ao básico.
A ideologia neoliberal abafou a luta de classes, falando em termos como vulnerabilidade e resiliência, retirando a ideia de mudanças radicais para a diminuição de riscos, opressões e adoecimentos (SAWAIA, 2014).

Se engajar em ações que ameaçam a ordem social e contestam o presente é fundamental. E muito faria por nós, ao contrário da patologização do trabalhador que é constantemente explorado e privado de suas próprias produções.
Paloma Lisboa | CRP 06/176315 🏳️‍🌈
*desenhos não autorais.

“Qual a finalidade da psicologia que construo?” É a pergunta problematizadora que faço a mim mesma a todo momento. Focar...
27/03/2022

“Qual a finalidade da psicologia que construo?” É a pergunta problematizadora que faço a mim mesma a todo momento. Focar em transtornos psicológicos nunca foi minha intenção. O pessoal da psicologia usa o DSM, um manual diagnóstico que indica critérios para hipóteses diagnósticas dos transtornos mentais. Corresponde a uma universalização ou imposição de requisitos norte-americanos para os conceitos de saúde, doença e normalidade, aumentando os diagnósticos e reduzindo o sofrimento humano a um problema de origem tecnológica e biológica. Transtornos passaram a ser caracterizados como falta de neurotransmissores, em que somente a medicação pode compensar um desequilíbrio químico visto como pré-existente (tente observar quantas pessoas vão somente ao psiquiatra e dispensam uma psicóloga).

O DSM, no nosso contexto sócio-político, é difundido por oferecer subsídios para os requisitos neoliberais, em que há o emparelhamento do sofrimento com o mercado do consumo, a partir do uso de medicamentos para a diminuição de qualquer sofrimento. Os medicamentos se aliam à lógica de competição difundida por essa ideologia, em que torna o trabalhador apto a ser e continuar produtivo.

A psicologia, assim como outras ciências e profissões, surgiu a favor da classe dominante. Mas hoje em dia vemos algo diferente surgindo e resistindo por aí: psicólogos mais conscientizados em vários sentidos, olhando a pessoa, e não sua classificação em um manual forçosamente tomado como consensual. Esses acontecimentos dão uma esperança, pois há uma classe social extremamente precarizada, em que o básico custa a chegar, quando chega. Eu faço parte disso. Possivelmente você também.

🏳️‍🌈 Paloma Lisboa Francisquini | CRP 06/176315

"Os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem segundo a sua livre vontade; não a fazem sob circunstâncias de ...
19/03/2022

"Os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem segundo a sua livre vontade; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado (...). E justamente quando parecem empenhados em revolucionar-se a si e às coisas, em criar algo que jamais existiu, precisamente nesses períodos de crise revolucionária, os homens conjuram ansiosamente em seu auxilio os espíritos do passado, tomando-lhes emprestado os nomes, os gritos de guerra e as roupagens, a fim de apresentar e nessa linguagem emprestada". - MARX, Karl. O 18 de Brumário de Louis Bonaparte.
Não somos presas pelo biológico, mas influenciadas pelas determinações histórico-culturais. Na clínica, uso o método genético: levo em conta a história da espécie, da cultura, do sujeito e de suas vivências. Assumo, como psicóloga, a investigação da gênese do que acontece, não ficando somente na aparência, mas procurando compreender o processo que está ocorrendo.
Faz diferença você saber isso? Não muito. Mas, na prática, isso se mostra em uma forma de olhar para a pessoa atendida e entender a totalidade do seu papel na sociedade, mediando sua consciência e não a culpabilizando por ideias e comportamentos fixos que lhe trazem sofrimento, como fantasmas de um passado tão presente nos dias de hoje. É não olhar para a pessoa como um burguês ditando o que é certo para o proletário, individualizando-o. É diálogo de classe dominada com classe dominada.
Nós por nós.
🏳️‍🌈 Paloma Lisboa Francisquini | CRP 06/176315

A psicologia histórico-cultural possui teoria e prática marxista, buscando fortalecer o sujeito revolucionário ao tomar ...
13/03/2022

A psicologia histórico-cultural possui teoria e prática marxista, buscando fortalecer o sujeito revolucionário ao tomar a saúde mental como contextualizada, e as relações sociais mediadas.
Teoria, aqui, é a reprodução ideal de um processo real: teoria sem prática é desconexa da realidade material, em que a pessoa precisa se adequar a ela. Ao mesmo tempo em que uma prática sem teoria pode ser feita sob influência do material (capitalismo).
Assim, Leontiev, Luria e Vigostki se uniram para a criação de uma psicologia marxista a partir do uso do materialismo histórico-dialético.
Isso implica em entender nossas bases materiais: nos apegamos a valores e comportamentos da classe social dominante, tomando-os como únicos e verdadeiros.
Como psicóloga, atuo como mediadora: uso o diálogo e algumas técnicas fundamentadas no método para propiciar crises revolucionárias e facilitar a aprendizagem e o desenvolvimento, sempre buscando compreender a universalidade em que nos inserimos 👉 atravessados por classe, gênero e etnia.

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Barra Bonita, SP

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