
19/09/2025
Já sofri (e muitas vezes ainda sofro) com uma forte autocrítica e a tendência de me responsabilizar além da conta.
Sempre procurei aplicar em mim o que ensino aos minhas pacientes e também o que aprendi no meu próprio processo terapêutico…
Durante muito tempo, a reestruturação cognitiva foi minha principal ferramenta (e em algumas ocasiões ainda é). Eu identificava distorções, avaliava evidências, criava pensamentos alternativos. Funcionava… até que deixou de funcionar tão bem.
Chegou um momento em que eu me via no ciclo do “eu sei, mas continuo sentindo muito”. Reestruturava minhas crenças disfuncionais, mas a dor de “não ser boa o suficiente” seguia firme, gritando! ❤️🩹
Foi aí que mergulhei em outro caminho: praticar aceitação, desfusão cognitiva, reconectar-me aos meus valores, cultivar presença no aqui e agora e agir de forma comprometida, mesmo com desconforto.
Aprender a me desfusionar foi o ponto de virada. Perceber que meus pensamentos autocríticos são como passageiros barulhentos no ônibus da minha vida, mas que eu sou a motorista. Eles podem gritar, mas não decidem a rota.
Isso não me tornou imune à dor ou à autocrítica. Mas me trouxe liberdade e flexibilidade psicológica. A energia que antes eu gastava brigando internamente agora é usada para construir, criar, me conectar e viver uma vida que, com todas as imperfeições, vale a pena ser vivida.
Essa virada também mudou minha clínica. Hoje, me vejo muito mais atenta a perceber em meus pacientes quando a reestruturação não é a melhor intervenção para eles.
E é exatamente isso que vamos treinar juntas no Workshop Flexibilidade Psicológica na Prática.
✨Se você percebe que seus pacientes (ou até você mesmo) estão presos no “eu sei, mas não mudo”, esse treinamento é o que você precisa.
💌 Inscrições abertas 🌼 link na bio.