
24/07/2025
Foram quase 16 anos de amor incondicional, daqueles que só um coração de cachorro é capaz de oferecer. Luck foi muito mais do que um pet — foi companhia constante, presença silenciosa, afeto que se espalhava pela casa em forma de passos miúdos, de olhares atentos, de um simples deitar sobre o chinelo como quem diz: “estou com você, em qualquer momento”.
Bastava o portão abrir na hora do almoço e lá estava ele, em festa, como se cada chegada fosse um novo recomeço. Era alegria pura. Uma alegria que contagiava, que acolhia, que dizia sem palavras o quanto ele amava estar com a família. Teimoso quando o assunto era sair para a rua, mas na hora do passeio noturno, se transformava: caminhava tranquilo pelas ruas até a praça, como quem sabia que aquele era um dos seus momentos preferidos. E quando voltava, esperava seu petisco com a mesma alegria de sempre — a pequena grande recompensa de um ritual cheio de sentido.
Luck não precisava de brinquedos. Bastava a garagem, a casa, os cheiros familiares, os passos conhecidos. Bastava seguir quem amava pela casa, deitar na sala de TV, estar por perto. Era assim que demonstrava amor: com presença. Com constância. Com aquele tipo de cuidado que não faz barulho, mas preenche tudo.
Ele sentia quando alguém estava triste. Sabia quando o riso era verdadeiro. E estava sempre ali, como amigo de todas as horas, como quem entende sem perguntar, como quem ama sem medida. Foi também o companheiro da netinha de seu tutor — daqueles que marcam a infância com lembranças doces e insubstituíveis.
Luck foi porto seguro. Foi parte da rotina, do barulho, do silêncio e das pausas. Um elo invisível entre os dias comuns e o que a vida tem de mais extraordinário: a chance de amar e ser amado de forma tão genuína.
Ele não era só um cãozinho. Era amor em estado puro. E agora, mesmo em sua ausência física, continua presente — em cada lembrança, em cada pedacinho da casa, em cada suspiro de saudade. Porque quem foi tão inteiro em vida, nunca parte de verdade. 💚🐾